Nesta resenha, apresentaremos o livro A Condessa sem Cheta, da autora portuguesa Joaquina Vieira, lançado pela Chiado Editora em 2015. Pela capa, também imaginei que a história seria uma espécie de "chick-lit encantada", ainda mais havendo este condessa do título; ao invés, encontramos um texto de ficção a partir de uma biografia, cuja protagonista, já em seus muitos anos, decide contar à melhor amiga algumas de suas histórias, para que sejam sempre lembradas, e eternizadas. Nesta cumplicidade, Joaquina Vieira apresenta-nos uma escrita bela e simples, mesmo durante a narração dos eventos mais difíceis que já ouvira. Creio que esta seja uma percepção própria à literatura portuguesa, onde o narrador equilibra algum bom humor e esperança por entre as páginas de realidade e melancolia. E esta publicação da Chiado Editora não poderia ser diferente! Vale conhecer :)

Sinopse: Mulher sem preconceitos, mas marcada pela vida, entregou-se com simplicidade. Confiando em mim foi, aos poucos, se abrindo, entre passeios, chás, cinemas. Deixando rolar seus sentimentos e mágoas, como quem deixa escorrer a água num riacho, assim, colocou em minhas mãos esta história verídica para que o tempo não a apagasse. Foi num delírio que ouvi, repetidas vezes, este testemunho vindo de uma senhora, em toda a acepção da palavra. Aos poucos, fui-me prendendo na história de vida desta condessa que nasceu mendiga, entre gargalhadas, amizade e entrega, tudo pontuado por uma grande solidão. Uma história real e absorvente de alguém que contrariou o destino.

A Biografia como gênero literário tem nos últimos anos passado por grandes transformações, e talvez por isso tornado-se algo como um sucesso de vendas, especialmente em nosso país. Controversas ou não, as recentes publicações de jovens autores e suas histórias de vida (ainda que o período compreendido nesta vida seja de poucos anos ou mera adolescência) fazem-nos pensar sobre até que ponto histórias pessoais podem ou não ser relevantes, assim como os porquês de serem compartilhadas publicamente.
Em contraponto ao mero texto de entretenimento, a narrativa pessoal pode ser encontrada em obras de qualidade literária e estética inquestionáveis, como Orlando, de Virginia Woolf, ou significativas, como por exemplo o relato sóciobiográfico de Eu sou Malala ou as crônicas on the road de músicos e celebridades, como a de Neil Peart, baterista da banda Rush. E já que nosso mercado editorial felizmente comporta esta diversidade de autores e estilos, neste momento não iniciaremos um debate sobre qual ou quais obras seriam relevantes; importa que estes comentários sobre a vida sejam de algum modo lembrados, e quem sabe incorporados em nossos projetos de leitura e blog.
Publicado pela editora portuguesa Chiado, A Condessa sem cheta, de Joaquina Vieira, é um texto biográfico, de narrativa ficcional, onde sob o olhar de sua autora o relato de Rita Bernadete, nossa protagonista, confunde-se com a própria história e cultura da Portugal do início do século XX. Neste memorial, a autora eterniza a narrativa de Rita, que fora mulher determinada e muito à frente de seu tempo, enaltecendo até suas pequenas lembranças, que às mãos de uma boa ouvinte tornam-se grandes lições de vida.
O livro tem início com a voz de Rita, já senhora, em situações e diálogos bem cotidianos, como uma nova amizade com uma vizinha e uma viagem de taxi até a estação de trem. Em meio a solidão própria à idade, a personagem conserva um bom humor em sua prosa, e tal otimismo torna atrativa a leitura para todos os que quiserem conhecer esta instigante biografia.
Em contraponto ao mero texto de entretenimento, a narrativa pessoal pode ser encontrada em obras de qualidade literária e estética inquestionáveis, como Orlando, de Virginia Woolf, ou significativas, como por exemplo o relato sóciobiográfico de Eu sou Malala ou as crônicas on the road de músicos e celebridades, como a de Neil Peart, baterista da banda Rush. E já que nosso mercado editorial felizmente comporta esta diversidade de autores e estilos, neste momento não iniciaremos um debate sobre qual ou quais obras seriam relevantes; importa que estes comentários sobre a vida sejam de algum modo lembrados, e quem sabe incorporados em nossos projetos de leitura e blog.
Publicado pela editora portuguesa Chiado, A Condessa sem cheta, de Joaquina Vieira, é um texto biográfico, de narrativa ficcional, onde sob o olhar de sua autora o relato de Rita Bernadete, nossa protagonista, confunde-se com a própria história e cultura da Portugal do início do século XX. Neste memorial, a autora eterniza a narrativa de Rita, que fora mulher determinada e muito à frente de seu tempo, enaltecendo até suas pequenas lembranças, que às mãos de uma boa ouvinte tornam-se grandes lições de vida.
O livro tem início com a voz de Rita, já senhora, em situações e diálogos bem cotidianos, como uma nova amizade com uma vizinha e uma viagem de taxi até a estação de trem. Em meio a solidão própria à idade, a personagem conserva um bom humor em sua prosa, e tal otimismo torna atrativa a leitura para todos os que quiserem conhecer esta instigante biografia.
Em um segundo momento, a narrativa volta-se à primeira infância, e segue até os dias universitários, onde Rita iniciará a segunda melhor época de sua vida (a primeira, ainda criança, quando em um novo ambiente e perspectiva familiar), como se após uma década de obstáculos o destino lhe concedesse uma nova esperança e um futuro.
E como o riso é eterno apenas enquanto poesia, Rita novamente encontra-se em indesejáveis vivências, em seus vinte e poucos anos, apegando-se ao trabalho voluntário e à caridade como forma de manter seu coração e espírito sadios. Joaquina Vieira conduz o corpo da história com muita sensibilidade e clareza, tornando os altos e baixos de Rita em uma narrativa de superação e lições de vida. E eis o melhor de uma Biografia: a certeza de que em suas páginas
encontraremos relatos que em muito se assemelham com nossas próprias
histórias.


Põe quanto és no mínimo que fazes :)
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ATUALIZAÇÃO - Resultado do Sorteio :)
Foram contabilizados 6 comentários e o sorteado foi o de nº3, da Paloma! Parabéns!
Entraremos em contato para informar sobre a postagem do livro :)
Agradeço a todos os participantes! <3
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Olá! Eu não sabia nada desse livro, eu geralmente não leio biografias, mas eu li uma esse ano e um ano passado e eu gostei! Se a escrita não for chata é bem interessante. A gente tem essa impressão que as vezes esse tipo de leitura é como se fosse fazer uma aula obrigatória meio entediante haha (eu sei, estou envergonhada :p) Amei a resenha e as fotos! Beijos!
ResponderExcluirhttp://www.trocandodisco.com.br/
Olá, Fernanda! Tenho nos últimos meses adicionado à lista de leitura algumas obras fora de minha 'zona de conforto', e tenho gostado bastante da experiência!
ExcluirQuanto a esta biografia da Chiado, realmente, a boa escrita é um convite para o ingresso em uma história de vida que não imaginaríamos conhecer; havendo outras oportunidades, quero continuar a ler novas histórias assim <3
Obrigada pela visita!!
Beijos!!
Particularmente, gosto muito desse tipo de relato, onde valoriza-se o ser humano em sua plenitude, com seus defeitos e qualidades, e as experiências que o tornam um ser único em sua singularidade e ao mesmo tempo tão igual a cada um de nós, seres desconhecidos, na coletividade do ser humano.
ResponderExcluirParabéns por nos trazer essa obra diversa e singela.
Beijos!
http://ameninaquenaoparadeler.blogspot.com.br/
Uma biografia, neste tom de conversa entre amigos, será sempre um dos mais belos exercícios de escuta que o leitor poderá desenvolver <3 Confesso que pouco conheço do gênero, mas a leitura d'A Condessa deixou-me motivada a encontrar (e encontrar-me em) outras novas histórias assim :)
ExcluirParece uma biografia incrível, quero muito ler Rebeca! Me deixa ganhar? ahhaha
ResponderExcluirBom tô participando tá?!
yeswehaveablog@gmail.com
Um beijooo
Paloma
surewehaveablog.com.br
Parece ser ótimo, quero ganhar. me sorteiaaa ?
ResponderExcluir@alexiia_gl instagram
A participar :)
ResponderExcluirclaudia_pereiraa@hotmail.com
Parece-me uma daquelas obras que no fim vai-nos deixar a querer mais... Vidas interessantes contadas com humor. Aposta ganha de certeza.
ResponderExcluirGostava muito de ler.
csmg2008@gmail.com