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fevereiro 18, 2017

Recomende um Livro #1 - Livros Inesquecíveis

Por tanto gostarmos de muitas vozes em nossas conversas, pensamos em criar mais uma editoria assim coletiva, inspirada é claro em nossa série de posts Uma semana e(m) um dia. E como uma das coisas que mais gostamos é aumentar a wishlist e falar de livros com os amigos, apresentamos o Recomende um Livro, uma nova editoria do blog, onde diversos blogueiros convidados compartilharão suas dicas de leitura. Para esta primeira edição, o tema será Livros Inesquecíveis. Confira!



Meu livro Inesquecível:  Extraordinário
Autor: R. J. Palacio
Editora: Intrínseca
Ano: 2013

Falar em um livro inesquecível e não lembrar de Extraordinário de R. J. Palacio seria como esquecer parte de mim. A história do menino Auggie e seu rosto incomum me fez ver como damos importância ao externo, ao supérfluo, e abandonamos o essencial (o invisível para os olhos). August Pullman me ensinou a ser grata, a ser forte e principalmente, a ser gentil! Por isso sempre lembro e guardo com carinho tudo o que aprendi com esse livro maravilhoso que para além do bullying, trata da empatia e do amor pelo próximo.


Rachel Motta

Meu livro Inesquecível:  Faça amor, não faça jogo
Autor: Ique Carvalho
Editora: Gutenberg
Ano: 2014

Durante muitas e muitas noites eu chorei sozinha. No monitor do meu notebook, algumas breves linhas de Ique Carvalho, do blog The Love Code. Um blog lindo que fala de amor. Amor de homem e mulher. Amor de pai e filho. Ique, além de nos brindar com textos deliciosos, nos expande a emoção com sugestões de clipes musicais para acompanhar a leitura. Do blog, migrei para o livro e posso assegurar que Faça amor, não faça Jogo é um daqueles que não pretendo nunca me desfazer (apesar de eu estar numa vibe desapega de livros, trocando ou doando). O texto de Ique Carvalho é um alento para todos aqueles que acreditam na supremacia do amor. É também uma esperança por mais homens sensíveis no mundo. Por mais e mais pessoas que possam abrir o coração sem medo, sem jogo e sem amarras. (Pisquei três vezes).



Meu livro Inesquecível:  Eva
Autor: William P. Young
Editora: Arqueiro
Ano: 2015
Eva foi um livro que me levou de volta à histórias que ouvi desde à infância, sobre a criação do mundo por Deus, a criação de Adão e Eva e o primeiro pecado com a consequente expulsão do Paraíso...mas esse livro me levou até lá de uma maneira que jamais poderia prever!

O suspense, o drama das personagens, a realidade dos relacionamentos misturada à fantasia dos cenários e acontecimentos, fez desse sucesso de William P. Young um livro tão ou mais inesquecível que A Cabana, pois traz no seu desfecho uma reflexão daquelas que se leva para a vida, pra sempre. 




Como sou nova por aqui, aproveito pra agradecer o convite pra colaborar com o post e me apresentar: sou a Rafaela, tradutora freelancer e encadernadora nas horas vagas, além de dona desnaturada do Undone throughts. Sempre amei os livros, o cinema e a música e resolvi retomar meu blog numa tentativa de dividir um pouco das minhas paixões com leitores desavisados que topam comigo. Aí a Rebeca me pediu pra falar de livros inesquecíveis e o tema me pareceu ótimo e impossível: ótimo porque tenho muitas memórias maravilhosas associadas com a leitura e com o que senti enquanto lia e impossível porque tenho uma listona de nomes que eu poderia citar. Sou dessas que se anima toda pra indicar livros, sabe? Mas decidi manter a lista curta pra fingir que sou controlada:

Preciso começar com Cem anos de solidão (1982), do García Márquez, porque foi o primeiro livro que li dele e o que foi um divisor de águas pra mim. Li quando era adolescente e lembro e ter pensado “ah, então é isso que a literatura pode fazer?!” e um mundo novo se abriu! Já devo ter lido umas três vezes e não me canso porque fico encantada com o realismo mágico e a capacidade do Gabo de criar uma história tão linda e trágica pra família Buendía. Tem cenas lindíssimas que enchem a imaginação de cenas incríveis – e nunca mais olhei pras borboletas amarelas do mesmo jeito! Menção de honra pra Frankenstein (1818), da Mary Shelley – sempre um clássico tanto pelo tema que segue relevante quanto pela estrutura narrativa que me fascina – e pra O morro dos ventos uivantes (1847), da Emily Brontë – que segue sendo um dos meus romances favoritos, cheio de elementos da literatura gótica e tratando como poucos do amor, do ódio e da vingança. E por falar nos queridinhos do meu coração, não posso esquecer das Crônicas Vampirescas (em especial os três primeiros volumes), da Anne Rice, que me apresentaram ao Lestat e companhia e continuam sendo as melhores histórias de vampiros que já li. Das leituras mais recentes, faço questão de falar de A little life (Uma vida pequena, 2015), da Hanya Yanagihara, que acabou comigo. Que livro maravilhoso! Me deixou no chão, sim, mas acredito que tenha sido uma das coisas mais relevantes que li nos últimos anos: o livro conta a história de quatro rapazes que se conhecem na faculdade e da amizade deles que se estende pela vida adulta. São todos muito diferentes (social, econômica, e emocionalmente falando), mas eles compartilham o amor pela arte e por eles mesmos que serve de base pra essa relação duradoura. Um dos amigos, o Jude, é todo misterioso e, aos poucos, vamos descobrindo os segredos do passado dele que é, confesso, doloroso e até inimaginável. Um livro sobre a amizade, a aceitação, a depressão, o luto e, acima de tudo, sobre o amor, nas mais diversas formas.



Um livro inesquecível pra mim, e que passou diversas vezes pelo meu caminho, é As crônicas marcianas, do norte-americano Ray Bradbury. Ele foi publicado originalmente em 1950 e é formado por uma série de contos que narram a colonização humana em Marte.

Apesar de se enquadrar em várias convenções da ficção científica, As crônicas marcianas é diferente de outros livros do gênero (como A guerra dos mundos, por exemplo) justamente por mostrar a raça humana como o povo invasor, e a raça marciana como o povo invadido. Com isso, Bradbury aborda de forma crítica a relação das pessoas (especialmente os norte-americanos) com culturas diferentes das suas. No livro, os marcianos são inteligentes e desenvolveram formas muito particulares de filosofia, arquitetura e música. Mas isso não faz muita diferença para os humanos, preocupados demais em transformar o Planeta Vermelho numa filial da Terra.

Além de tratar do choque cultural, As crônicas marcianas ainda aborda outros temas que continuam atuais, como ecologia, racismo e censura, embora também estejam presentes assuntos datados, como a Guerra Fria, por exemplo. Também é curioso notar que, na imaginação do autor, o primeiro foguete em direção a Marte é lançado em janeiro de 1999! 

Algum tempo depois da minha primeira leitura, As crônicas marcianas foi utilizado por mim na minha monografia de pós-graduação em Língua Inglesa e Literatura (ao demonstrar como a ficção científica pode ser uma ferramenta de compreensão do “outro”). Quase que simultaneamente, o livro foi o primeiro a ser resenhado no blog Valeu, Gutenberg!. Nada mais justo, né?

10 comentários:

  1. Que lindo e ficou bem plural o post. Adorei!

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    1. Oi Rachel! Obrigada por participar deste projeto <3 <3 Adoramos o post! Bjs

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  2. Adorei! Vários títulos pra listinha! <3

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    1. Vou comprar um caderninho só pra anotar suas dicas, são milhares!! :D <3 Adoramos sua participação, Rafa! Bjs

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  3. A postagem ficou demais! Adorei as indicações!

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    1. Valeu, Lucas! Curtimos demais sua participação! Até a próxima :))

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  4. E vamos aumentando a wishlist, ao infinito, e além...kkkk!!!

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    1. Quanto mais amigos, maior a wishlist né :D Haja infinito mesmo rs Bjs

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  5. Como amo esse blog! ♥
    Endosso o que foi dito sobre o Extraordinário, porque ele tbm está na minha lista de recomendações!

    Beijos e obrigada pelas dicas


    Algumas Observações

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    1. Oi Fê! Todo mundo que vê o Extraordinário ali no tumulto das livrarias nem imagina o quão incrível e linda é a história, né <3 Mas é tão bom ser surpreendido assim :))
      Bjs

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