Recém lançado pela editora José Olympio, “Dez contos escolhidos de Eça de Queirós” é uma coletânea organizada pelo escritor Mário Feijó. Alguns contos muito conhecidos, outros nem tanto, uma seleção feita a dedo para uma edição caprichada.
Confiram abaixo a vídeo resenha com minhas impressões sinceras sobre o livro:
O livro apresenta dez contos com os mais
diversos temas característicos da obra de Eça de Queirós, que incluem a
crítica aberta aos costumes da época, alegorias, ironia referente às
extravagâncias da sociedade em ascensão.
Nesta coletânea encontramos um misto de tudo o que o autor lusitano, como astuto observador que era, gostava de escrever e com a vantagem de serem histórias curtas, com uma linguagem direta e de rápida leitura.
Indico este livro para que é fã de Eça de Queirós, para leitores que, assim como eu, estão enrolados com outras leituras e estão priorizando histórias curtinhas. Essa é, também, uma ótima opção para pessoas que nunca leram nenhum romance do Eça, pois são histórias menores, menos complexa e que, ainda assim, representam bem o estilo do autor.
Nesta coletânea encontramos um misto de tudo o que o autor lusitano, como astuto observador que era, gostava de escrever e com a vantagem de serem histórias curtas, com uma linguagem direta e de rápida leitura.
Indico este livro para que é fã de Eça de Queirós, para leitores que, assim como eu, estão enrolados com outras leituras e estão priorizando histórias curtinhas. Essa é, também, uma ótima opção para pessoas que nunca leram nenhum romance do Eça, pois são histórias menores, menos complexa e que, ainda assim, representam bem o estilo do autor.
Espero que tenham gostado. Não esqueçam de deixar seu comentário.
Até a próxima!
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"Não há idéia mais consoladora do que esta — que eu, e tu, e aquele monte, e o Sol que, agora, se esconde, somos moléculas do mesmo Todo, governadas pela mesma Lei, rolando para o mesmo Fim. Desde logo se some m as responsabilidades torturantes do individualismo. Que somos nós? Formas sem força, que uma Força impele. E há um descanso delicioso nesta certeza, mesm o fugitiva, de que se é o grão de pó irresponsável e passivo que vai levado no grande vento, ou a gota perdida na torrente! Jacinto concordava, sumido na sombra. Nem ele nem eu sabíamos os nomes desses astros admiráveis. Eu, por causa da maciça e indesbastável ignorância de bacharel, com que saí do ventre de Coimbra, minha mãe espiritual. Jacinto, porque na sua ponderosa biblioteca tinha trezentos e dezoito tratados sobre astronomia! Mas que nos importava, de resto, que aquele astro além se chamasse Sírio e aquele outro Aldebarã? Que lhes importava a eles que um de nós fosse José e o outro Jacinto? Éramos formas transitórias do mesmo ser eterno - e em nós havia o mesmo Deus. E se eles também assim o compreendiam, estávamos ali, nós à janela num casarão serrano, eles no seu maravilhoso infinito, perfazendo um ato sacrossanto, um perfeito ato de Graça — que era sentir conscientemente a nossa unidade e realizar, durante um instante, na consciência, a nossa divinização."
(trecho de Civilização)

Antologia reúne contos consagrados e algumas narrativas menos conhecidas no Brasil.
Esta bela seleção de contos do grande Eça de Queirós compõe um panorama dos temas característicos da obra do grande autor português. Seja pela crítica direta aos costumes de sua época ou pela alegoria de situações que mudam com a sociedade, Eça escreveu sobre o comportamento humano, do qual era arguto observador. Sempre em linguagem leve e direta, usando das sutilezas como tempero; o principal eram os personagens e suas histórias. Um talento que o projetou como o mestre do romance português moderno e que também pode ser conferido por meio dos seus contos.
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