Em parceria com a Editora Jaguatirica, recebemos o livro O ar necessário, de André di Bernardi, cuja sinopse e apreciação compartilhamos abaixo, em forma de poesia :)

"É necessário que uma causa sentimental, uma causa do coração se
torne uma causa formal para que a obra tenha a variedade do
verbo, a vida cambiante da luz. (...) A vista lhes dá nome,
mas a mão as conhece." (Gaston Bachelard, A água e os sonhos)
O que inunda os olhos é também parte da casa
como sombra de um móvel que
num desenho de tarde cai e retorna
em um rastro de pálpebra e cortina
Na manhã seguinte transpira o poeta
que ao pé da página ensurdece
ao incômodo de um devaneio
ou tradução de seus dias
Entre vozes e alfabetos
o texto encontra sua forma
e às mãos do verso se inclina
em um à-vontade que por vezes
chamamos poesia
Ao contemplar o sonho e a natureza
o poeta-em-nós recobra o fôlego
às margens da palavra e de si
Neste encontro ou desvio
é possível que hajam novas histórias
e algum entendimento do agora
e também de nós mesmos
e também de nós mesmos

Sinopse: O ar necessário é o
quinto livro de poesia do mineiro André di Bernardi. Assim como nos
anteriores, André perscruta, pelas palavras, o indizível, o eterno, a
partícula divina que se encontra em cada átomo do mundo: árvores,
flores, bichos, gente. Em seus versos nobres, encontramos a beleza da
simplicidade, a profunda intimidade com a terra e com o céu: os dois
lados em que o impossível se manifesta.
O ar necessário é, na mão de André, aquele que insufla a vida, o mesmo que se esconde e se revela em rios, borboletas, pássaros e rosas. Em seus versos, é possível encontrá-lo ainda no vento, nas ondas, nas alturas, e também na maresia, na montanha, na soberba dos gatos. E sobretudo no coração das crianças.
Neste livro, André segue buscando aquela engrenagem feita de mistério e desacerto que sentimos presente em cada relâmpago, em cada incêndio. Como o poeta reconhece Tanta persistência e delicadeza só pode vir Dele, por mais que, tolos e ingênuos, os homens acreditem enxergar, embora cegos, acreditem em probabilidades e números, embora caminhem no breu, no desamparo.
É esta a beleza da poesia de André di Bernardi: seus poemas nadam no imponderável, dançam com o inusitado, atiçam o incontrolável e o insuspeito dentro de nós. Vislumbram uma presença sobre-humana, observam que é alguém que nos observa, antes e no lugar de tudo. Basta ler os versos di Bernardi e logo se balançam nossas certezas, feito jabuticaba madura, até que caiam do pé.
O ar necessário é, na mão de André, aquele que insufla a vida, o mesmo que se esconde e se revela em rios, borboletas, pássaros e rosas. Em seus versos, é possível encontrá-lo ainda no vento, nas ondas, nas alturas, e também na maresia, na montanha, na soberba dos gatos. E sobretudo no coração das crianças.
Neste livro, André segue buscando aquela engrenagem feita de mistério e desacerto que sentimos presente em cada relâmpago, em cada incêndio. Como o poeta reconhece Tanta persistência e delicadeza só pode vir Dele, por mais que, tolos e ingênuos, os homens acreditem enxergar, embora cegos, acreditem em probabilidades e números, embora caminhem no breu, no desamparo.
É esta a beleza da poesia de André di Bernardi: seus poemas nadam no imponderável, dançam com o inusitado, atiçam o incontrolável e o insuspeito dentro de nós. Vislumbram uma presença sobre-humana, observam que é alguém que nos observa, antes e no lugar de tudo. Basta ler os versos di Bernardi e logo se balançam nossas certezas, feito jabuticaba madura, até que caiam do pé.

Um pouco mais sobre o autor: 'Bernardi
acredita que todos os poemas, de uma forma ou de outra, trazem/buscam
um pouco desta sensação de respiro, alegria e encontro. E recorre a
Mario Quintana: “Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que está
numa cela abafada, esse ar que entra por ela. Por isso é que os poemas
têm ritmo – para que possas profundamente respirar. Quem faz um poema
salva um afogado”.'

Em dias sombrios, como os atuais que vivenciamos, a poesia nos permite um momento de introspecção seguido de uma submersão mais leve e suave, renovando nossos ânimos para os dias vindouros <3
ResponderExcluirBeijos!!!
Gih | Blog da Gih (www.bloggihmedeiros.blogspot.com.br)
Que livro mais amorzinho, já quero hauhauhau tô precisando de livros nesse estilo para dar uma acalmada no estresse da faculdade. Amei a resenha flor, até mais.
ResponderExcluirDavidson,
http://www.meninoliterario.com.br/
Que lindeza menina Rebs <3
ResponderExcluirAdorei essa capa, e que edição bonita.
E suas resenhas sempre impecáveis.
Um beijoo,
Paloma
surewehaveablog.com.br
Oi Reb!
ResponderExcluir=)
Tem uma edição linda esse livro. Amei essa capinha e eu adoro poemas, mesmo tendo me afastado um pouco. Esse poema que você destacou é lindo. Nao conhecia o poeta. E o Brasil tem é poeta bom, viu!
Escritor Bom!
Que Deus ajude a descobri-los cada dia mais (rs.).
Bjão.
Diego, Blog Vida & Letras
www.blogvidaeletras.blogspot.com
Confesso que nunca aprendi a apreciar poesia, mas gostei dessa capa.
ResponderExcluirBeijos,
alemdacontracapa.blogspot.com