
Sinopse: 268 festivais de música portugueses preenchem este livro. Muitos aconteceram nos dias de hoje, muitos outros fizeram a sua história e iniciaram o que é hoje uma vertente de negócio importante na economia portuguesa, movendo milhões de euros e festivaleiros.
São diversas as razões do sucesso dos festivais de música mas a principal será a capacidade única de captar uma arte ao ter contacto (mesmo que longínquo) com os próprios artistas, (quase) sem barreiras, numa fuga à rotina e em conjunto com os nossos pares!
Este livro tem o objectivo principal de oferecer um glossário que capta a história dos festivais de música em Portugal, desde 1971 com o surgimentos do Vilar de Mouros e Cascais Jazz, em pleno regime, até à atualidade.

Sabe aquela música que você tanto ama mas que até agora não descobriu o nome porque só ouviu uma vez no rádio ou em um capítulo de série e, até que a música reapareça na postagem de um amigo ou em um vídeo relacionado no Youtube, você continuará inquieto, com toda a ansiedade e mistério coçando nos ouvidos?
Em nossas plataformas de entretenimento, em geral recorremos a playlists, organizadas por estilos, top 10 ou ainda por sensações, como músicas para dias de chuva ou para se ouvir na academia, e uma consequência deste hábito é a termos hoje uma atenção que não se preocupa por exemplo em escutar as doze ou treze canções que compõem um disco, quanto mais ouví-las em em sequência, ainda que as melhores resenhas digam que tal álbum pode ser considerado o melhor de uma década. Porque afinal, quando o que mais nos agrada é a sensação de passar uma tarde ouvindo música, este êxtase interessa-nos bem mais que um punhado de informações. Mas... será que música é apenas experiência, ou é necessário também conhecer a biografia de um artista, os bastidores da gravação de um disco ou ainda a história de cada uma de suas composições?
Trago esta conversa para o blog pois vejo que em nosso universo literário é comum este apego bio/bibliográfico por um autor e sua obra... e de vez em quando a gente é assim também com seriados e filmes. Então, a comparação é inevitável: por que será que nossa geração não costuma dedicar esta mesma atenção e tempo a discos, letras e à própria História da Música? Curioso, não acham?
Talvez por desde sempre ter amigos que igualmente compartilham desta mania de "colecionar" alguma cultura musical, tenho também este gosto enciclopédico quando o assunto é música (todo mundo tem a sua nerdice, certo? rs). Daí que lançamentos como este da Chiado Editora, o Festivais de Música em Portugal, só poderiam despertar minha nerd-atenção imediata e total interesse!
Em relação ao livro em si, este é praticamente um arquivo de todos os eventos musicais de grande porte realizados nas últimas quatro décadas em Portugal, catalogados pelos pesquisadores e profissionais da música Ricardo Brandão e Marta Azevedo, dirigentes da ARPOFEST, a Associação Portuguesa de Festivais de Música.
Nesta pequena enciclopédia de festivais, que marca o ano de 1971 como inicial nesta contracultura dos eventos de música em Portugal, encontramos catalogados eventos de todos os portes e gêneros (inclusive o conhecido e controverso Rock in Rio Lisboa), com cada página contendo ficha técnica, relação de bandas participantes e uma breve descrição-sinopse do evento.
Para um entusiasta da cultura musical, este é um curioso e interessantíssimo livro, e que poderá tornar-se um grande entretenimento em uma tarde junto a um computador e uma vontade de conhecer novas bandas!
Dentre os eventos do livro, separei algumas indicações de artistas pra vocês:
Celta Cortos - Banda que integrou o Intercéltico de Sendim, um festival realizado anualmente nos anos 2000 a 2014 na cidade de Bragança, e com a participação de artistas folk portugueses e europeus (no caso, o Celta não é português, mas pareceu-me uma banda bem interessante).
Pedro Abrunhosa - Cantor que participou do Meo Sons de Mar, festival realizado nos anos de 2011-2014 na cidade de Funchal. Quer um spoiler? Este é um cantor citado em uma das obras de Maurício Gomyde. Ouça a canção (aliás, dê uma olhada na letra) e tente descobrir em qual livro esta obra é citada ;)
Toques do Caramulo - Grupo meio folk, meio regional, meio Teatro Mágico com Móveis Coloniais de Acajú rs, enfim, banda de um instrumental que vale a escuta, e que participou na edição de 2010 do Festival Ecos da Terra, realizada em Barragem de Queimadela.
B Fachada - Simmmm, Portugal também tem alguma espécie de indie, com vocalista de barba e tristinho. Conheça B Fachada, cuja participação foi conhecida no Festival de Música Independente - FMI realizado em 2011 na cidade de Braga.
Memória de Peixe - TO APAIXONADA. Sério. Amo bandas instrumentais! E essa é puro rock alternativo, com alguma coisa de progressivo, lindo demais! Recomendo também a escuta de mais esta aqui. Ah, o Memória de Peixe se apresentou no Magafest, festival realizado em Lisboa no ano de 2014.

Para saber mais desta obra, assista uma entrevista com os autores:
E aí, conhece alguma banda de Portugal para recomendar? Compartilhe nos comentários suas histórias e impressões :)
Nossa, que livro lindo *__*
ResponderExcluirApaixonada por música como sou, adoraria participar de festivais assim, pena que no Brasil só tenham esses mega tipo Rock in Rio e Lollapalooza. Acho que seria muito melhor se houvessem festivais mais variados e menores, eu particularmente, aproveitaria muito mais, não só pela parte financeira hahaha. Os portugueses tem sorte <3
Beijos!!!
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