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junho 10, 2016

Cadarço, um poema de Raigor Ferreira




Cadarço
Raigor Ferreira

Se eu te amarro, tu não gosta
Se eu me amarro, logo zanga
Se desamarro, ganho um tapa
De brinde, nem o nó da gravata

Um nó na minha cabeça,
outro no meu coração.
O terceiro, ainda á procura
daquilo que contemple
o seu sim, não, sim, não

Por quantas vezes, você desfez o nó
Aquele em que eu havia lhe amarrado
para te ter próxima a mim
nesse fio de lã revolto e desbotado

A indecisão é para os fracos
A certeza para amadores
O talvez é dos espertos
Para os apaixonados, apenas o para sempre

Se para sempre amarrado, feliz eternamente eu sou
Se para sempre desamarrado, tropeçarei até o caminho de volta

Se um nó eterno não for o bastante,
Prometo que ainda lhe trago
Um amontoado de lã
Escreveremos nosso enredo em um cadarço
Eu serei o bandido e você, a mocinha
Ou eu o mocinho e você, a vilã.



Raigor Ferreira é um jovem autor de Goiânia e parceiro do Blog. Seu conto "O Príncipe Congelado" pode ser encontrado no site da Amazon. Para conhecer mais do autor, leia a conversa entre Jonatas e Raigor, publicada no mês de abril.

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