navegar pelo menu
março 17, 2017

Lançamentos de Março Global Editora

Se tem Cecília Meireles nos lançamentos, pode ter certeza que é mais um projeto lindo da Global Editora <3 E pra completar o time, ainda tem Fernando Pessoa, O Pequeno Príncipe, Rubem Braga... Uma seleção de autores imperdível! Confira as novidades:




A espantosa realidade das coisas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada coisa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.

Basta existir para se ser completo.


(Trecho do poema "A espantosa realidade das coisas", 1915)

No dizer de Pessoa: [Alberto Caeiro] “nasceu em Lisboa mas viveu quase toda a sua vida no campo”; “morreram-lhe cedo o pai e a mãe” e, por isso “vivia com uma tia velha, tia-avó”; “não teve mais educação que quase nenhuma, só a instrução primária”. E acrescenta, invejando-lhe seguramente a sorte de não ter sido obrigado, como ele, à escravatura de um ganhã-pão: “Deixou-se ficar em casa, vivendo de uns pequenos rendimentos”. Aduante, comenta: “Pus em Caeiro todo o meu poder de despersonalização dramática.”

Para entender a poesia de Alberto Caeiro, um dos heterônimos de Fernando Pessoa, impõe-se integrá-la no projeto pessoano do Neopaganismo Português e dos seus cultores: Ricardo Reis, o poeta, Alberto Caeiro, a sua consubstanciação, segundo declaração de Pessoa, e António Mora, o seu teórico em prosa (sociólogo e filósofo). Os três “livros” de Caeiro, nesta obra considerados e assim por Pessoa chamados e previstos, dão notícia dessa vida sem acontecimentos, excepto a “doença” do episódio amoroso: o segundo “livro”, composto por nove poemas. Também o terceiro “livro”, “Andaime – Poemas Inconjuntos”, segue, como um diário, a evolução de uma doença, neste caso a tuberculose, que o vitimou. O título Vida e obras nunca foi usado por nenhum editor.


Baladas para El-Rei
Cecília Meireles 

E eu sonho o meu sonho oculto
de ave triste - que não voa,
detida a ver o teu vulto
de cetro, manto e coroa...

- E eu sonho o meu sonho oculto...


Terceira produção poética de Cecília Meireles a vir a público, Baladas para El-Rei, de 1925, presenteia o leitor com versos que demonstram a rara capacidade de nossa maior poeta para evocar imagens e sentimentos, capitaneada por sua intrínseca musicalidade. As ilustrações presentes no livro concebidas pelo artista plástico português Fernando Correia Dias, primeiro marido de Cecília, expandem o som e a ressonância dos poemas da autora. A apresentação desta edição é assinada pelo crítico literário Marcos Pasche, mestre e doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. No texto, Pasche observa que “não é seguro apontar, com pretensa certeza, quem é o Rei receptor das baladas, mas é possível ouvi-las badalando no livro que é um reino do dizer obnubilado e do subentendido.”


Cândido Mariano da Silva Rondon
Darcy Ribeiro

Cândido Mariano da Silva Rondon traz dois textos de Darcy Ribeiro sobre Rondon. O primeiro, A obra indigenista de Rondon, saiu em 1958 nos Cadernos de Cultura, do MEC. O segundo, Os quatro princípios de Rondon, configura-se no necrológio do sertanista, falecido em 1958. Quando dava os primeiros passos em sua exitosa carreira de antropólogo, trabalhando no Serviço de Proteção aos Índios, Darcy Ribeiro teve a oportunidade de conhecer um dos homens que mais souberam se relacionar com os povos nativos do Brasil: Cândido Rondon. Como não poderia deixar de ser, a identificação entre os dois foi grande. A preocupação com a conservação do meio ambiente, o respeito pelos conhecimentos de ordem teórica e prática que os índios cultivavam no trato e no aproveitamento dos bens presentes na natureza e, além de tudo, uma ânsia de ver uma nação mais justa e igualitária do ponto de vista social. Este livro traz ao fim uma lista dos escritos de Rondon e uma bibliografia com indicações de textos que tratam da trajetória e da obra do sertanista. O livro traz também um caderno iconográfico com fotos pertencentes ao Museu do Índio, ligado à FUNAI. As fotos trazem momentos marcantes da vida de Rondon, algumas delas, inclusive, registros de sua convivência com os índios que encontrou durante suas andanças pelo Brasil afora.


Melhores crônicas 
Luís Martins

Neste ano, quando Luís Martins completaria 110 anos de idade, a Global Editora traz um material riquíssimo do autor que se consagrou como um símbolo da crônica paulistana. O livro Melhores crônicas Luís Martins aparece neste momento de celebração como uma joia no que tange à produção deste escritor que, de 1951 a 1980, contribuiu com sua prosa para o jornal O Estado de S. Paulo, totalizando ao menos 7.000 crônicas, como bem pontua Ana Luisa Martins, sua filha, que assina o prefácio e a seleção desta edição. As crônicas de Luís Martins, como este livro permite ver, suplantavam o ambiente da cidade de São Paulo, espraiando-se para outras dimensões, tocando com leveza e ironia acontecimentos para além da capital paulistana e os principais dilemas humanos, como é a marca natural dos cronistas de primeira linha. Outro traço das crônicas é a perenidade e relevância dos temas, que o autor aborda com facilidade e agilidade da escrita. A maneira envolvente pela qual Luís Martins comenta desde a visita de algum estrangeiro ao Brasil até detalhes banais de seu cotidiano familiar nos conduz a um universo de empatia que nos indica que não estamos sozinhos em nossos espantos, incertezas e sonhos.

Tradução : Laura Sandroni

Estava desanimado com o fracasso do meu desenho número 2. Os adultos nunca compreendem nada por si mesmos e é cansativo para as crianças ter que lhes dar sempre e sempre explicações.

Então tive que escolher outro ofício e aprendi a pilotar aviões. Voei um pouco por todo o mundo. É verdade que a geografia me serviu muito. Ao primeiro golpe de vista estava em condições de distinguir a China do Arizona. É muito útil se a pessoa se perde durante a noite.
Com tradução de Laura Sandroni, esta encantadora história é um convite incessante a questionar as convenções instituídas. O pequeno príncipe também é uma das obras mais conhecidas e mais vendidas de todos os tempos, aproximadamente, cento e cinquenta milhões de exemplares em diversos idiomas. Dotado de singular capacidade de imaginação, de inteligência e sabedoria, Antoine de Saint-Exupéry escreveu um livro que é profunda reflexão sobre o amor, a amizade e o sentido da vida. O personagem central, menino inesquecível, se interroga sobre o mundo enquanto viaja de planeta em planeta e põe em dúvida as certezas dos adultos. Esta é, simplesmente, uma leitura para guardar no coração.


Histórias de Zig
Rubem Braga 

O cachorro Zig, grande de porte e também de coração, era praticamente um membro da família Braga. Seu comportamento, no entanto, muitas vezes surpreendia os desavisados. Nesta crônica História de Zig escrita em outubro de 1948, Rubem Braga conta algumas das façanhas de um dos cachorros que conviveu por 11 anos com sua família, conhecido em Cachoeiro de Itapemirim por Zig Braga.

“Zig — ora direis — não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. Se em todo o Cachoeiro era conhecido por Zig Braga, isso apenas mostra como se identificou com o espírito da casa em que nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo e morreu.”


Tudo ao mesmo tempo
Toni Brandão 
Ilustrações : Attilio

Tudo ao mesmo tempo é o segundo volume da trilogia infantojuvenil João e seus meio irmãos, do autor Toni Brandão. A série conta a história do garoto João, desde a separação dos pais até os novos relacionamentos deles e os meios irmãos que surgem na sua vida. João agora tem de aprender a conviver com as novidades dos pais: sua mãe está grávida do Dr. Spielberg, a “Se Achenta” da Penélope vai morar junto com eles, e o seu pai encontrou um novo amor. Para completar, João se surpreende com novos sentimentos. E tudo ao mesmo tempo. Será que ele vai conseguir conviver com tudo isso?

2 comentários:

  1. Oi, Rebeca! Que incrivel conhecer outra pessoa que escuta e conhece Toad the wet sprocket hahaha! Eles tem um som que me amarro demais. Já ouvi essa canção que você falou, mas curto muito Crazy Life e Something's Always Wrong, conhece essa? Pois é! Uma grande banda!

    Que bom que você curtiu lá, fico mto feliz! Te espero novamente. Aproveita e vem conhecer o 'Old is Cool' é a novidade que tem lá no blog ;)

    Interessante sua postagem! Acredita que nunca li ''O Pequeno Principe'' e olha que não foi falta de recomendação hehehe.

    Blog: http://oplanetaalternativo.blogspot.com
    Instagram: @OPlanetaAlternativo
    Facebook: /oplanetaalternativo

    ResponderExcluir
  2. Olá, Rebeca.
    Um lançamento mais lindo que o outro! E que capas lindas!
    Gosto muito de Fernando pessoa e gostaria de ler mais coisas dele, sinto falta disso na minha vida. Não só sinto falta do Pessoa, sinto falta de Poesia mesmo. Por isso, esse livro da Cecília também entrou para a lista.
    Abraços.

    ResponderExcluir

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial