Ao longo dessa minha vida de leitora, um determinado gênero sempre figurou entre os meus favoritos: o da crônica lírica. A crônica é, primordialmente, um texto escrito para ser publicado em jornais e revistas, mas a crônica lírica, que apresenta uma linguagem poética e metafórica, onde predominam emoções e sentimentos (como paixão, nostalgia e saudades ) traduzidos numa atitude poética, tendem a transcender esse formato e muitas vezes se tornam um livro.
Há muitos autores brasileiros que seguem essa linha de pensamento/publicação e tem lugar cativo em nossa estante, mas ainda há muitos outros que apesar de uma extensa produção literária, são descobertos tardiamente por mim.
Um deles é Fabrício Carpinejar, autor gaúcho que já publicou mais de quarenta livros (de gêneros variados) e ganhou mais de vinte prêmios literários. Apesar de conhecer Carpinejar da televisão e de redes sociais, ainda não havia lido nenhuma de suas obras até que Amizade é também Amor, seu mais recente lançamento pela Bertrand Brasil, chegou às minhas mãos.
Confesso que estava ansiosa pela leitura, o título por si só já me atraiu juntamente com a capa e os trechos expostos na contracapa, num trabalho editorial muito belo. Sinceramente, achei que devoraria o livro. Mas, o que se seguiu inicialmente, não foi como eu esperava.
O título da obra dá a entender que os textos se tratam de amizades em suas mais belas formas, mas o conteúdo bruto do livro, foi bem mais variado, falando de todos os tipos de relações – amigáveis ou não, o que sinceramente, me confundiu um pouco, já que minha expectativa era bem outra.
Talvez esse detalhe, tão minúsculo e eu admito que é um problema da minha pessoa enquanto leitora, tenha atrapalhado o desenvolvimento da minha leitura que se arrastou por mais tempo do que o aceitável para os meus padrões.

Em tudo na vida, tenho como lema que é melhor ser surpreendida do que criar expectativas e ser decepcionada... Ao fim desse livro, constatei o quanto estou correta ao continuar pensando assim tamanha a minha surpresa com o que ele me proporcionou!!!
“Amizade é também prever o momento de se retirar para voltar com mais força e amor redobrado” – pág. 15.
“Amigo não dá nem para contar nos dedos, pois sempre estará segurando a nossa mão” – pág. 22.
“Raramente você atravessará a encarnação sem experimentar amor, a amizade, a esperança e o ódio. Mas pode morrer sem nunca conhecer a misericórdia” – pág. 77.
“Solidão é se sentir só ainda desejando estar só” – pág. 109.
“Quantos acreditam que não merecem um amor inteiro, desenganados pela ilusão de um problema pessoal, e aceitam a insalubridade dos amantes? Quantos se rendem a uma dificuldade inventada e se submetem à caridade e às sobras das horas terceiros? Quantos sofrem à toa por algo que nunca será percebido?
“Amizade é também prever o momento de se retirar para voltar com mais força e amor redobrado” – pág. 15.
“Amigo não dá nem para contar nos dedos, pois sempre estará segurando a nossa mão” – pág. 22.
“Raramente você atravessará a encarnação sem experimentar amor, a amizade, a esperança e o ódio. Mas pode morrer sem nunca conhecer a misericórdia” – pág. 77.
“Solidão é se sentir só ainda desejando estar só” – pág. 109.
“Quantos acreditam que não merecem um amor inteiro, desenganados pela ilusão de um problema pessoal, e aceitam a insalubridade dos amantes? Quantos se rendem a uma dificuldade inventada e se submetem à caridade e às sobras das horas terceiros? Quantos sofrem à toa por algo que nunca será percebido?
Quantas pessoas lindas, impecáveis, no centro de um relacionamento, que não se respeitam por uma falha absoltamente imaginária?” – pág. 125.
“A dor é uma ilha rodeada pelo oceano de lembranças absolutamente pessoais” – pág. 160.
“O escritor é aquele que nunca se vê inteiramente adaptado e sempre assalta a intimidade e o passado dos próximos” – pág. 235.
“Todo escritor nasce de uma morte. Todo escritor é filho do fim. O filho da dor incomunicável. O filho dos limites instransponíveis” – pág. 268.
“Uma tristeza de saber que as coisas não são como a gente gostaria, porém são como a gente pode, que dar o melhor de si ainda não é dar o melhor para os outros e que tudo bem, a vida não é nossa, é somente emprestada para aprendermos a nos despedir” – pág. 278.
Em seu novo livro de crônicas, Carpinejar não fala de amor, mas de amizade. São 122 textos ao longo de mais de 200 páginas que combinam reflexões de companheirismo e humor do cotidiano com lembranças da infância e um ou outro conselho sobre convivência. “Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira. Amigo é destino, amigo é vocação”, escreve.
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirEu já li um livro do autor, e gostei bastante. Não conhecia esse, mas parece bom. Amei a resenha, apesar do que você disse, que os textos não condizem muito com o título. Mas quando eu ler, já estarei avisada né?!
Beijos!
Não tenho muita familiaridade com a crônica lírica, mas seu post me fez pensar em começar. Talvez por esse volume inclusive. Ótimo post!
ResponderExcluirOlá, tudo bem?
ResponderExcluirNão conhecia esse livro, e me parece muito interessante. Crônica lírica é muito interessante pois, como você falou, é escrito com muita emoção. Sua resenha me despertou uma curiosidade por essas crônicas.
Lindo post
Abraço!
Folha de Pólen
Caraa que livro mais fofo <3 as ilustrações estão lindas e a historia parece ser muito interessante!!! E as partes que você citou é muitoo perfeito da da até umas frases legais para o facebook hahah
ResponderExcluir-Beijoss
Heey, tudo bom?
ResponderExcluirEu ainda não havia ouvido/lido nada a respeito desse livro. Parece ser bem interessante apesar de está fora da minha zona de conforto. É sempre bom ler coisas diferentes.
Abraços.
http://diarioleitorblog.blogspot.com/
Oi Rebeca, tudo bem? Que post mais incrível. Quando li crônica fiquei ansiosa pra saber sua opinião, porém quando vi crônica lírica gostei ainda mais. Já tinha ouvido falar do autor diversas vezes, mas assim como você nunca tive a oportunidade de ler nenhum obra dele. Fiquei extremamente encantada com sua resenha. Os quotes que você destacou me deram ainda mais motivos para ler o livro. Incrível. Beijos, Érika =^.^=
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirA capa do livro é linda, adorei a resenha, o conteúdo parece bem interessante. Irei pesquisar um pouco mais.
Abraços.
Olá
ResponderExcluirTenho muita vontade de conhecer a escrita do Carpinejar, gosto da forma como ele se expressa e acho que posso gostar muito de seus textos. Isso sem falar que amo o tema amizade
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirEu tenho muita vontade de ler algo do Fabricio, pois sempre vejo muitas pessoas elogiando a escrita dele e suas crônicas. O gênero me agrada bastante e sempre consegue me prender, então fiquei bem curiosa com a sua resenha. Dica mais do que anotada!
Beijos!