O post de hoje será dedicado aos lançamentos de março da Global Editora, com destaque para as obras de Cora Coralina, Cecília Meireles, Manuel Bandeira e Rudolf Erich Raspe.
Aventuras do Barão de Münchhausen
Rudolf Erich Raspe
Ilustrador: Lélis
Tradução / Adaptação: Orígenes Lessa
Karl Friedrich Hieronymous foi um militar que viveu entre 1720 e 1797, serviu o exército russo e tornou-se capitão de cavalaria. Após voltar de suas experiências guerreiras, recebia amigos e hóspedes, para quem contava todas as suas aventuras de caçada e viagens de maneira exagerada e fantasiosa. Foi Rudolf Erich Raspe, um bibliotecário alemão, que reuniu as histórias fantásticas do Barão em um livro publicado em Londres, em 1785. Essas fabulosas aventuras alcançaram popularidade incomparável desde o seu lançamento. Agora, Aventuras do Barão de Münchhausen (Global Editora, 128 páginas, R$ 39) chega a sua 9ª edição, com tradução e adaptação de Orígenes Lessa, nosso mestre consagrado da literatura infantojuvenil, e ilustrações de Lelis.
Os dezenove capítulos que fragmentam a obra são os encontros do Barão com seu curioso público, sempre atento às suas histórias retocadas com os mais excêntricos acontecimentos e desfechos absurdos. Lelis, por meio de seus traços certeiros, dá vida a essas narrativas tão inacreditáveis. O livro traz ainda um glossário de palavras e expressões.
Em uma de suas aventuras, o Barão de Münchhausen caminhava tranquilo quando encontrou “o mais belo veado que já apareceu” em sua vida. Como estava sem chumbo, enfiou caroços de cereja no cano de sua espingarda. “Quando ele menos esperava, toquei-lhe toda a carga na testa. Sabem o que aconteceu? O veado virou-me as costas e, lentamente, se encaminhou para a floresta.
Passou o tempo. Um ou dois anos. Estou caçando num bosque. De repente, vejo pela frente um veado gigantesco com uma cerejeira da altura de um homem a sair por entre os chifres do bicho. Era ele...”
Os dezenove capítulos que fragmentam a obra são os encontros do Barão com seu curioso público, sempre atento às suas histórias retocadas com os mais excêntricos acontecimentos e desfechos absurdos. Lelis, por meio de seus traços certeiros, dá vida a essas narrativas tão inacreditáveis. O livro traz ainda um glossário de palavras e expressões.
Em uma de suas aventuras, o Barão de Münchhausen caminhava tranquilo quando encontrou “o mais belo veado que já apareceu” em sua vida. Como estava sem chumbo, enfiou caroços de cereja no cano de sua espingarda. “Quando ele menos esperava, toquei-lhe toda a carga na testa. Sabem o que aconteceu? O veado virou-me as costas e, lentamente, se encaminhou para a floresta.
Passou o tempo. Um ou dois anos. Estou caçando num bosque. De repente, vejo pela frente um veado gigantesco com uma cerejeira da altura de um homem a sair por entre os chifres do bicho. Era ele...”
Em Pra Brincar (Global Editora, 32 páginas, R$ 39), Manuel Bandeira faz um convite às crianças: conhecer a poesia por meio das brincadeiras com as palavras. São doze poemas acompanhados pelos traços artísticos de Claudia Scatamacchia, que reavivam as recordações da infância. Entre eles estão “Pardalzinho”, “Lenda Brasileira”, “Na Rua do Sabão”, “Trem de ferro”, “Porquinho-da-Índia” e “Vozes da Noite”.
Bandeira soube, como poucos escritores de sua geração, captar os aspectos mais simples do cotidiano, resgatar em seus versos a cultura popular, o humor e dar a eles linguagem coloquial, musicalidade, ritmo, sonoridade e lirismo.
Possibilitar o contato com os clássicos da literatura o mais cedo possível é quebrar o preconceito de que o clássico é sinônimo de velho, quando é, na verdade, algo que o tempo eternizou, certamente, por algum valor especial.
Contos de arrepiar revelados por Cora Coralina
Quem não gosta de sentir aquele friozinho correndo a espinha quando se ouve uma boa história de assombração? Em De medo e assombrações (Global Editora, 64 páginas, R$ 39), Cora Coralina nos faz voltar no tempo para a época em que as almas do outro mundo faziam procissões ou retornavam para dizer onde estava o pote de ouro.
São seis contos intrigantes publicados anteriormente nas obras O tesouro da casa velha (6ª edição, Global Editora) e Estórias da casa velha (14ª edição, Global Editora): As capas do diabo, O capitão-mor, Medo, O corpo delito, Candoca e Procissão das almas. Cada um deles ilustrado por Rogério Soud, artista premiado, que, nesta obra, corroborou, por meio de seus desenhos, com o suspense assustador de cada uma dessas histórias de arrepiar.
“O capitão-mor, mestre de campo, tinha desaparecido, misteriosamente, da cidade. Ninguém sabia dele [...]
[...] Algum crime?... Alguma vingança?... Alguma emboscada?... [...]
[...] Um século mais tarde, na Cidade de Goiás [...]”
No início da obra, a ilustração de um oratório, para o leitor fazer as suas preces antes de começar a leitura e, no final, outro, para o leitor conseguir dormir sossegado!
Quem não gosta de sentir aquele friozinho correndo a espinha quando se ouve uma boa história de assombração? Em De medo e assombrações (Global Editora, 64 páginas, R$ 39), Cora Coralina nos faz voltar no tempo para a época em que as almas do outro mundo faziam procissões ou retornavam para dizer onde estava o pote de ouro.
São seis contos intrigantes publicados anteriormente nas obras O tesouro da casa velha (6ª edição, Global Editora) e Estórias da casa velha (14ª edição, Global Editora): As capas do diabo, O capitão-mor, Medo, O corpo delito, Candoca e Procissão das almas. Cada um deles ilustrado por Rogério Soud, artista premiado, que, nesta obra, corroborou, por meio de seus desenhos, com o suspense assustador de cada uma dessas histórias de arrepiar.
“O capitão-mor, mestre de campo, tinha desaparecido, misteriosamente, da cidade. Ninguém sabia dele [...]
[...] Algum crime?... Alguma vingança?... Alguma emboscada?... [...]
[...] Um século mais tarde, na Cidade de Goiás [...]”
No início da obra, a ilustração de um oratório, para o leitor fazer as suas preces antes de começar a leitura e, no final, outro, para o leitor conseguir dormir sossegado!
As
capas do diabo, O capitão-mor, Medo, O corpo delito, Candoca e
Procissão das almas são os seis contos presentes nesta obra repleta de
terror e assombração. Aqui, Cora Coralina nos faz voltar no tempo para a
época em que as almas do outro mundo faziam procissões ou retornavam
para dizer onde estava o pote de ouro.
As ilustrações ficam por conta do premiado Rogério Soud.
O que se diz e o que se entende - Cecília Meireles
Há homens longamente parados a olhar os patos na água. Esses, dir-se-ia que não fazem mesmo absolutamente nada: chapeuzinho de palha, cigarro na boca, ali se deixam ficar, como sem passado nem futuro, unicamente reduzidos àquela contemplação. Mas quem sabe a lição que estão recebendo dos patos, desse viver anfíbio, desse destino de navegar com remos próprios, dessa obediência de seguirem todos juntos, enfileirados, clã obediente, para a noite que conhecem, no pequeno bosque arredondado? Pode ser um grande trabalho interior, o desses homens simples, aparentemente desocupados, à beira de um lago tranquilo. De muitas experiências contemplativas se constrói sabedoria, como a poesia. E não sabemos – nem eles mesmos sabem – se este homem não vai aplicar um dia o que neste momento aprende, calado e quieto, como se não tivesse fazendo nada.
O trecho acima faz parte do texto “A arte de fazer nada”, uma das crônicas escolhidas por Cecília Meireles para compor este O que se diz e o que se entende (Global Editora, R$ 45, 168 páginas). Se fosse possível sintetizar, em uma frase, uma definição única para esta obra, arriscaríamos dizer que seria “Não creia em teus olhos” (título de uma das crônicas desta obra). Cecília, por meio do seu olhar sempre cuidadoso, carinhoso e apaixonado pelos seres humanos, escreve o que contempla com respeito, sem julgamentos prévios.
A novidade desta segunda edição é a apresentação escrita por Ignácio de Loyola Brandão, contista, romancista e jornalista brasileiro. Convidado para escrever um curto ensaio sobre a poetae esta obra, Loyola decidiu realizar algo mais pessoal. Conta qual foi a primeira obra de Cecília que leu, e quando e como se deu esse encantamento por sua obra. E, por meio de trechos de uma entrevista feita por Pedro Bloch, também autor e cronista, para a revista Manchete em 1964, trilha toda a importância e magnitude da nossa poeta maior, sugerindo, inclusive, que o mundo seria melhor se fosse inteiramente narrado por ela.
O trecho acima faz parte do texto “A arte de fazer nada”, uma das crônicas escolhidas por Cecília Meireles para compor este O que se diz e o que se entende (Global Editora, R$ 45, 168 páginas). Se fosse possível sintetizar, em uma frase, uma definição única para esta obra, arriscaríamos dizer que seria “Não creia em teus olhos” (título de uma das crônicas desta obra). Cecília, por meio do seu olhar sempre cuidadoso, carinhoso e apaixonado pelos seres humanos, escreve o que contempla com respeito, sem julgamentos prévios.
A novidade desta segunda edição é a apresentação escrita por Ignácio de Loyola Brandão, contista, romancista e jornalista brasileiro. Convidado para escrever um curto ensaio sobre a poetae esta obra, Loyola decidiu realizar algo mais pessoal. Conta qual foi a primeira obra de Cecília que leu, e quando e como se deu esse encantamento por sua obra. E, por meio de trechos de uma entrevista feita por Pedro Bloch, também autor e cronista, para a revista Manchete em 1964, trilha toda a importância e magnitude da nossa poeta maior, sugerindo, inclusive, que o mundo seria melhor se fosse inteiramente narrado por ela.
Diário de Bordo - Cecília Meireles
Ilustrações: Fernando Correia Dias
Prefácio: Jussara Pimenta
A história de Cecília começa antes de seu nascimento, inicia-se nos Açores, onde nasceram seus antepassados. A beleza e o silêncio do mar foram enriquecidos com os mistérios e o lado obscuro da morte – revelando uma poesia mística, lírica e serena. Diário de Bordo (Global Editora, R$ 195,00, 192 páginas) é o relato de uma viagem marítima, com destino a Portugal, que durou 22 dias. Os textos, em bela prosa, descrevem, inúmeras vezes, o matrimônio entre os mistérios do oceano e os céus enormes, em que procurou captar as constantes mudanças de cor e movimento, conforme as horas do dia, as nuvens, a força e a direção dos ventos. A obra é composta também por ilustrações de Fernando Correia Dias, artista plástico português e marido da poeta, que a acompanhou nessa viagem. As crônicas e ilustrações foram publicadas pelo diário A Nação, sob o título Diário de Bordo.
“Há as viagens que se sonham e as viagens que se fazem – o que é muito diferente.
O sonho do viajante está lá longe, no fim da viagem, onde habitam as coisas imaginadas.”
Cecília Meireles
Esta obra, em que Cecília registra suas minuciosas impressões, não retrata somente a beleza dos mares, mas também os que, na terceira classe, regressavam, vencidos e humilhados, a Portugal, sem terem realizado o sonho da América. Entretanto, foi a partir dessas crônicas, que o mar se instalou na sua poesia como tema, paisagem e símbolo. A poetisa que merecia ser lida torna-se a poetisa que não podia deixar de ser lida, graças a um livro editado em Lisboa em 1939 e dedicado aos portugueses, com poemas em sua maioria escritos nos mesmos dias em que este Diário de Bordo, durante a estada em Portugal e nos primeiros dois anos da imensa mágoa da viuvez. O nome do livro é Viagem.
“Há as viagens que se sonham e as viagens que se fazem – o que é muito diferente.
O sonho do viajante está lá longe, no fim da viagem, onde habitam as coisas imaginadas.”
Cecília Meireles
Esta obra, em que Cecília registra suas minuciosas impressões, não retrata somente a beleza dos mares, mas também os que, na terceira classe, regressavam, vencidos e humilhados, a Portugal, sem terem realizado o sonho da América. Entretanto, foi a partir dessas crônicas, que o mar se instalou na sua poesia como tema, paisagem e símbolo. A poetisa que merecia ser lida torna-se a poetisa que não podia deixar de ser lida, graças a um livro editado em Lisboa em 1939 e dedicado aos portugueses, com poemas em sua maioria escritos nos mesmos dias em que este Diário de Bordo, durante a estada em Portugal e nos primeiros dois anos da imensa mágoa da viuvez. O nome do livro é Viagem.
Pra quem quiser conhecer outros lançamentos da Global Editora, o site da Martins Fontes está com uma promoçaõ de 50% em diversos títulos do catálogo <3
Amo Cecília Meireles e souloucaaaaaaaaaaa para adquirir uma edição bonita de "Aventuras do Barão de Münchhausen". Então está ótimo para minha resolução de comprar menos livros néh hahahah #SóQueNão kkkk
ResponderExcluirPandora
O que tem na nossa estante
Gente, Cora e Cecília moram no meu coração e jamais vão sair <3
ResponderExcluirwww.blogdahida.com
Adoreiiiii
ResponderExcluirPrincipalmente o da Cora, quero como faz???
♥
Um beijo
Paloma
surewehaveablog.com.br
Essa editora só tem autor top, aff maria rsrsrs desse jeito o bolso não aguentaaaaa!!!
ResponderExcluirBlog da Gih