Dos sentidos
Respira o ar que sai da boca. O próprio perfume lhe basta. Há ocasiões em que o coração engole o sangue; as mãos e a postura fremem. O poro abre de repente: a pele exala jasmim e enxofre. Os segundos se abatem na impostura das aves aos beirais do prédio. Em favor do instante, ninguém atravessa o corredor. Ninguém passa por nós.
Quando mal a boca transborda água. Dentro dela, duas tempestades sucedem ao toque. Não se enxerga sob as dunas de névoa algum continente. Apenas montanha de cinzas. Dois caprinos duelam à beirada da rocha. A ponta dos chifres fere o flanco dos céus em sua queda.
O lábio da concha se abre.
Os corredores se incendeiam. Entre dentes, retém sabor de morangos. Fecho os olhos e vejo o sorriso tateando minhas digitais, um vitral colorido no escuro. Agarro-me à rede feita de cabelo ao redor do rosto. Sob as unhas guarda minha pele e meu sangue.
A língua lança uma pedra.
Estilhaça a janela do santuário.
Respira o ar que sai da boca. O próprio perfume lhe basta. Há ocasiões em que o coração engole o sangue; as mãos e a postura fremem. O poro abre de repente: a pele exala jasmim e enxofre. Os segundos se abatem na impostura das aves aos beirais do prédio. Em favor do instante, ninguém atravessa o corredor. Ninguém passa por nós.
Quando mal a boca transborda água. Dentro dela, duas tempestades sucedem ao toque. Não se enxerga sob as dunas de névoa algum continente. Apenas montanha de cinzas. Dois caprinos duelam à beirada da rocha. A ponta dos chifres fere o flanco dos céus em sua queda.
O lábio da concha se abre.
Os corredores se incendeiam. Entre dentes, retém sabor de morangos. Fecho os olhos e vejo o sorriso tateando minhas digitais, um vitral colorido no escuro. Agarro-me à rede feita de cabelo ao redor do rosto. Sob as unhas guarda minha pele e meu sangue.
A língua lança uma pedra.
Estilhaça a janela do santuário.
Muito belo. Comecei-me perdido por um cidade. E ao fim, fui transposto para à natureza. Talvez usso que. O Homem deva fazer. Voltar novamente à natureza.
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