Sobre o mar, nenhum filho do homem caminha, pois hoje não há tempestade.
À margem da enseada. Alheio ao atol, às angras, distante dos marinheiros submersos em bruma. Um albatroz coroa a penha. As penas farfalham. O céu está vazio. A vaga cinza se estende às veias do horizonte.
- É teu o oceano inteiro.
Interrompo a travessia por terra, caminho para eflúvio espumoso. Persigo os degraus das ondas.
A água, de repente, me espeta. Arremete contra meu rosto, me afoga. Agarra aos calcanhares, eu retraio. Adentro a concha em espiral secreta, meus ossos erodindo feito castelo.
As invasões, salinas e breves, de espuma me enchem os pulmões.
Limpa da garganta a pronúncia do primeiro nome.
Água nos ouvidos me ensurdecem, em ameaça:
Ou o mar. Ou nada.
Por: Jonatas T. B.
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