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novembro 08, 2018


Olá, Leitores! Estamos de volta para compartilhar uma novidade com vocês: a partir deste mês de novembro o Blog Papel Papel irá se unir ao Blog de Tudo para ampliar editorias e compartilhar um conteúdo não apenas literário, mas também de variedades. 

Como nosso maior canal de comunicação tem sido o Instagram, e por vezes certos conteúdos "não combinam" com a timeline do Papel Papel, decidimos criar uma segunda página para estas postagens mais cotidianas, principalmente as relacionadas a dicas de passeios e eventos na cidade do Rio de Janeiro, registros de viagens e demais "aventuras" que realizamos ao longo do ano. 

No Instagram, este novo conteúdo será hospedado no Blog de Tudo (segue a gente lá!); já aqui no Blogger, manteremos as editorias literárias do Papel Papel e adicionaremos este conteúdo de variedades do Blog de Tudo, principalmente os que forem relacionados a comprinhas, unboxings e demais divulgações de parceiros.

Esperamos que gostem desta nova fase aqui do(s) Blog(s)!

Um abraço,
Rebeca

agosto 23, 2018



Em tempos de autopublicação e blogs, editoras e livrarias independentes que ainda resistem às instabilidades do mercado, é necessário ao jovem escritor conhecer a cultura editorial de sua época e  capacitar-se para uma atuação em diversos cenários possíveis.

Se você tem interesse em conhecer mais do mercado editorial brasileiro, indicamos o curso "Profissão: Escritor", que será realizado no Instituto Estação das Letras e ministrado pela jornalista e editora Michelle Strzoda.


Sobre o curso - por Michelle Strzoda

Vem aí o Profissão: Escritor!

A ideia do ciclo é muito simples: capacitar este profissional que é a mola mestra, o principal ativo da cadeia editorial. Escritores são protagonistas de ações no mercado editorial mas, ao mesmo tempo, muitas vezes são mal renumerados, pouco instruídos quanto aos seus direitos, trabalham pouco [ou de forma desorientada, sem resultados] suas carreiras, dando chance ao mais do mesmo, em detrimento da profissionalização do seu trabalho. Sim, porque escrever, empreender na escrita é trabalho, dá trabalho.

Nada melhor quem tem conhecimento de causa para debater francamente o mercado de livros, mencionando na real prós e contras do dia a dia do trabalho do autor do que quem atua no mercado editorial, em segmentos variados: ficção, não ficção, young adult, infanto juvenil, romance, biografia, poesia - sem deixar de abordar os bastidores do livro e seus atores: editor, agente literário, comercial, marketing.

O Profissão: Escritor acontece no sábado dia 01 de setembro no Instituto Estação das Letras (@institutoestacaodasletras), no Rio de Janeiro.

Um dia com muita cultura editorial preparado especialmente pra você, escriba!

Acompanhe o Instagram do Estação das Letras para mais informações.

agosto 17, 2018



Impossibilitando indiferença no leitor desde 1851, Moby Dick é o tipo de livro que, após lido, nos faz entender a influência que gerou e indiretamente chegou aos dias de hoje. Além disso, a excelência alcançada por Herman Melville justifica o poder leviatânico de sua masterpiece, exercido sobre gerações e gerações de artistas. 

Ao pesquisar acerca da obra, é casual achar o conceito de que se trata de dois livros em um. Observação válida, pois, além do conhecido enredo (Ahab, um vingativo capitão baleeiro vai junto com sua tripulação atrás de Moby Dick, uma baleia branca de proporções acima do comum, famosa por seu comportamento agressivo e tida como impossível de ser capturada), há também dezenas de capítulos que não se limitam ao enredo central. Ishmael, o poético narrador disserta em diversos pontos de maneira descritiva sobre tudo relacionado à pesca baleeira e cetologia da época. Ainda que esses momentos enciclopédicos possam incomodar o leitor que está ávido pelo desfecho da trama da caça a baleia branca, há uma clara riqueza nos capítulos secundários, pois revela a interessante perspectiva de uma prática quase inexistente hoje em dia. Ishmael empenha-se em tornar sua profissão honrosa, elevar seus adversários (as baleias) e enobrecer sua atividade. Ele aproxima-nos dos perigos e glórias que envolviam sua caçada.  

O início da viagem do "Pequod", navio que terá como desfecho a caça de Moby Dick, será em Nantucket, nos Estados Unidos. Apesar dos riscos e dos anos em alto mar, Ishmael procura por seu primeiro trabalho na área. Ao chegar na cidade, torna-se verdadeiramente amigo de um índio, Queequeg. Eles então conseguem vagas no Pequod, acreditando se tratar de apenas mais uma viagem com objetivo de capturar o maior número possível de baleias. 


As for me, I am tormented with an everlasting itch for things remote. I love to sail forbidden seas, and land on barbarous coasts. (Ishmael) 



Já em alto mar, outros membros da tripulação assumirão o protagonismo junto a Capitão Ahab. Dois dos três imediatos da embarcação serão de suma importância no decorrer da história: Stubb e Starbuck. O primeiro, sempre bem humorado, soa muitas vezes inconsequente e encara os perigos do ofício e a excentricidade do capitão com seu cachimbo e gargalhadas. O último, sempre racional e reservado, tenta encarar a viagem de maneira profissional, ansioso pela volta ao lar, onde aguardam seu filho e esposa. É nítido que Starbuck exerce um papel completamente antagônico a Ahab. Toda contagiosa loucura exercida pelo capitão é contrabalanceada por seu raro bom senso.  

O enredo principal não se limita ao que é contado por Ishmael , há uma variação de gênero narrativo ao longo do texto, das quais valem destacar os capítulos de estrutura teatral, impecáveis momentos shakespearianos e valorosos solilóquios, diversificação que não torna o livro essencialmente confuso, ao contrário, oxigena-o com diferentes maneiras de acompanhar a história.  

A fixação de Ahab pela baleia que em outra viagem arrancara sua perna é o aspecto mais fascinante da história. De maneira igualmente assustadora e encantadora Ahab tem em suas aparições os melhores momentos do livro. Ainda que flertando com a insanidade, demonstra incrível poder de persuasão sob sua tripulação. Compartilhando com eles sua obsessão, o velho capitão intriga o leitor entre promessas, injúrias e blasfêmias. O papel é tão impactante que até os dias de hoje, no idioma inglês a expressão "Chasing the white whale" é utilizada para descrever uma busca incessante, mesmo sem sentido e perigosa. 


I leave a white and turbid wake; pale waters, paler cheeks, where'er I sail. The envious billows sidelong swell to whelm my track; let them; but first I pass.” 


“Por onde navego deixo um rastro inquieto e branco, águas pálidas, rostos mais pálidos. Os escarcéus invejosos crescem pelos flancos para submergir meu caminho. Deixe-os, mas primeiro eu passo.” 


E a chance da vingança existirá, após tanto entender os personagens, após tanto entender o que é caçar baleias em alto mar seremos apresentados ao embate entre capitão e baleia que, de maneira intensa, foi alimentado pelo escritor. Se para Starbuck o velho capitão já perdeu para si mesmo após alucinada compulsão, Ahab ignora os sóbrios avisos e mantém que por papel de Deus ou do destino tudo que importa é sua vitória sobre Moby Dick. 

  
Sink all coffins and all hearses to one common pool! and since neither can be mine, let me then tow to pieces, while still chasing thee, though tied to thee, thou damned whale! Thus, I give up the spear!" (Ahab) 


Tido por muitos uma das prosas mais difíceis da literatura dos últimos 200 anos, Moby Dick é sem dúvidas um desafio agradável ao leitor contemporâneo, que não encontra facilmente leituras com esse peso no mercado atual. O título de "Shakespeare americano da prosa" se encaixa perfeitamente com o que fornece Melville em seu estilo poético. A já citada influência é imensurável. Desde o fortalecimento do arquétipo de capitão com uma perna de pau, há inúmeras adaptações no cinema, passando pelo nome de uma popular rede de cafeteria a discos de metal e card games. Para aquele que entende o que é ser obcecado por algo ou alguém: O que aguardas para ser influenciado? 



Sinopse: Obra máxima do Romantismo norte-americano, “MOBY DICK” foi escrito pelo escritor norte-americano Herman Melville e publicado originalmente em três fascículos com o título “A Baleia”, em Londres, em 1851, e ainda no mesmo ano em Nova York em edição integral. Somente a partir de sua segunda edição que ganha seu título definitivo, “MOBY DICK”.

O livro foi revolucionário para a época, com descrições intricadas e imaginativas das aventuras do narrador Ismael, suas reflexões pessoais, e grandes trechos de não-ficção, sobre variados assuntos, como baleias, métodos de caça, tradições navais, a cor branca (de Moby Dick), detalhes sobre as embarcações, funcionamentos e armazenamento de produtos extraídos das baleias. Apesar dessas características, a obra foi inicialmente mal-recebida pela crítica literária, assim como pelo público, mas com o passar do tempo tornou-se uma das mais respeitadas obras da literatura em língua inglesa. A fama de MOBY DICK e a revisão de sua importância e sua inclusão como parte do Cânone Ocidental da Literatura se inicia a partir da década de 1910, com a revisão literária realizada por Carl Von Doren e a publicação da obra “Studies in Classic American Literature”, elaborado pelo escritor, ensaísta e poeta britânico D.H. Lawrance em 1923.

Inspirado pelas experiências pessoais do autor e por outros acontecimentos que marcaram o período, Moby Dick representa, além de uma complexa narrativa de ação, uma profunda reflexão sobre o confronto entre o homem e a natureza, ou segundo alguns especialistas, entre o homem e o Criador, reforçada pela ‘universalidade’ dos tripulantes do navio “Pequod”, o que sugere uma representação da Humanidade. Obra de profundo simbolismo, MOBY DICK inclui referências a temas diversos como religião, biologia, idealismo, pragmatismo e vingança. Herman Melville tomou como base inspiradora a história do capitão George Pollard e de seu navio baleeiro “Essex” que, em 1823, foi atingido por uma baleia antes de naufragar. Depois que o “Essex” afundou, Pollard e sua tripulação boiaram no mar sem comida ou água por três meses, e recorreram ao canibalismo antes de serem resgatados.
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agosto 14, 2018



Oi oi galera! Tudo bem com vocês? A resenha de hoje é do livro A duquesa, da autora Danielle Steel, editora Record, 335 páginas. 

👒 Angélique é a filha mais nova de um duque, fruto de seu segundo casamento. Angélique era muito próxima de seu pai, o duque Phillip. Eles tinham um relacionamento muito bonito e isso fez com que seus irmãos mais velhos, Tristan e Edward, que já não aprovavam esse segundo casamento, sentissem muito ciúmes da caçula. Angélique perdeu a mãe, que faleceu em decorrência do parto. 

👒  O duque Phillip morre deixando (como afirmava as leis da Inglaterra) a sua herança para seu filho mais velho Tristan e uma pequena parte para Edward. Angélique, por ser mulher não ficou com nada e, como esperava o duque, acabou também abandonada pelos irmãos mais velhos. Foi como uma vingança por todo o ciúmes que sentiam. 

👒 Tristan arrumou para Angélique um emprego de babá bem longe do Castelo onde moravam. Se apoderou de tudo e deixou a irmã para se virar como pudesse, sem saber que o duque antes de partir havia deixado para ela uma quantia em dinheiro. 

👒 Angélique se acostumou ao emprego de babá na casa da família Ferguson, fez amizades, amadureceu, e permaneceu lá por mais de um ano até que acontece uma reviravolta e ela se vê sem emprego e sem ter para onde ir.

👒 Angélique tem um encontro forte com uma pessoa que vai ser sua grande amiga, mas principalmente, vai fazer com que Angélique tenha uma ideia bem diferente de como investir o dinheiro que seu pai lhe deixou para conseguir se manter e também poder ajudar outras pessoas. 

👒 A partir daí acontece MUITA coisa na vida de Angélique, tudo num curto espaço de tempo. Será que Angélique vai conseguir se dar bem nesse novo negócio? Será que um dia ela vai encontrar alguém com quem queira se casar? Será que Angélique ainda vai ter a chance de se vingar de quem a abandonou? 

👑 Considerações finais: Gente tive alguns problemas com essa história... até mais da metade do livro a leitura estava literalmente se arrastando. Eu sentia muita informação sendo repetida exageradamente o que por vezes pode atrapalhar o desenvolvimento da leitura. Outro ponto que me incomodou foi que fica claro que a história se desenvolve a modo de mostrar a exaltação da Angélique e toda sua luta e dificuldade, mas eu não gostei muito da forma com que Angélique era descrita em comparação a outras mulheres, principalmente depois que ela resolve trabalhar nesse novo ramo (não posso entrar em detalhes pois seria spoiler)... Não gosto muito desses "comparativos"... afinal todas possuem suas lutas, dificuldades e méritos não é mesmo? É sim!

De forma geral, a parte final do livro se desenvolveu de forma mais fluida, a leitura foi bem mais rápida, com bastante emoção, momentos tensos e felizes. Informo que cada livro possui uma leitura diferente aos olhos de quem lê e que opiniões são totalmente singulares e sua experiência pode ser parecida ou totalmente diferente da minha. De qualquer forma, acho uma leitura legal a ser feita e analisada. A história, por fim, possui muitas reviravoltas, emoções e também bons romances!

Abraços e até a próxima!
agosto 13, 2018

Em parceria com as livrarias Travessa e Leonardo Da Vinci, a Editora Bazar do Tempo realiza nos dias 14 e 16 de agosto dois encontros sobre leituras, livros, livreiros e a paixão por livrarias, inspirados pelo lançamento Livrarias: Uma História da Leitura e de Leitores, do escritor catalão Jorge Carrión, recém-publicado pela Bazar do Tempo. 

O encontro do dia 16, terça-feira, será realizado na Travessa Botafogo e contará com a participação da jornalista Cora Rónai, o fundador da Livraria da Travessa Rui Campos, a equipe da livraria e a mediação de Mateus Baldi, do Resenha de Bolso. 


Já na quinta-feira 16 de agosto, na Livraria Leonardo da Vinci, o bate-papo contará com a presença de Raquel Menezes [presidente da Liga Brasileira de Editoras, Libre], Daniel Louzada [da Leonardo da Vinci], Solange Jacob Whehaibe [da Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro, AEL] e Daniel Chomski [Livraria Berinjela].


Mais informações sobre estes e outros eventos você encontra nas redes da Bazar do Tempo :)