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dezembro 13, 2016

Dicas de Presentes para um Natal Literário - Parte 3 | Editora Cidade Viva

Há alguns dias Jonatas e eu fomos convidados para conhecer a Editora Cidade Viva, braço editorial do Instituto Cidade Viva, entidade carioca que atua em todos os segmentos artísticos e nas áreas que fazem interface com a cultura, como o turismo, a gastronomia, o esporte, o meio ambiente e muitos outros.

Nesta visita a Editora, pudemos acompanhar o processo de seleção do 2º Concurso Literário Contos de São João Marcos , e igualmente fazer parte do juri de seleção do Concurso. Foi uma experiência e tanto conhecer o trabalho de diversos autores nacionais, assim como a história do Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos! O lançamento do livro com os contos selecionados será no início de 2017, já estamos ansiosos!

E é claro que numa visita dessas não poderíamos deixar de mostrar pouquinho do acervo da editora! Fiquei vidrada nessa estante repleta de caixas ainda com cheirinho de gráfica! :)


Um dos meus títulos preferidos é a edição bilíngue de Casa Velha, de Machado de Assis, que conta com um projeto gráfico incrível!


Esta edição é parte de uma série de autores clássicos de nossa Literatura, como João do Rio, Lima Barreto e Manuel Antônio de Almeida. Todas as obras contam com ilustrações e "surpresas editoriais" incríveis, e com certeza já fazem parte de nossa série de Dicas de Presentes para um Natal Literário :) Ah sim, e neste fim de ano todo o site da editora está com um preço muito bom, vale conhecer!


Machado de Assis

Romance maduro de Machado de Assis, Casa Velha foi publicado em forma de folhetins em 1885. A primeira edição do livro foi lançada somente em 1943. Na obra, que conta os meandros da familia de um alto membro do governo do imperador Pedro II, o autor faz uma crítica aos costumes da época, relatando intrigas imperiais e a mesquinhez da aristocracia tropical de Pedro II, da igreja, os jogos de interesses e a fogueira das vaidades.

Casa Velha – The Old House é ilustrado por Daniel Senise. Evelyn Grumach é a responsável pelo design e Alexei Bueno assina a introdução do livro, que conta ainda com um ensaio do notável machadista John Gledson, professor da Universidade de Liverpool.

A coleção teve início em 2010, com o lançamento de A Alma Encantadora das Ruas - The Enchanting Soul of The Streets, de João do Rio, com ilustrações de Waltercio Caldas. Depois veio Memórias de Um Sargento de Milicias - Memoirs of a Militia Sergeant, de Manuel Antônio de Almeida, ilustrado por Luiz Aquila.

A série foi concebida com o objetivo de proporcionar aos leitores de língua inglesa a oportunidade de conhecer o melhor da nossa literatura, além de propiciar àqueles com maior interesse linguístico e literário um prazer mais intenso na leitura desses textos.


Lima Barreto

No ano em que completa 100 anos desde sua primeira publicação, em formato de folhetins, no Jornal do Commercio, o livro Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, é lançado em inédita versão bilíngüe pela coleção River of January – O Rio de Janeiro Visto pelos seus escritores. A obra é a quarta da série, que busca retratar os costumes do Rio de Janeiro nos últimos 200 anos através de clássicos da literatura brasileira traduzidos para o inglês e ilustrados com grandes nomes das artes plásticas no Brasil. Quem assina as ilustrações de Triste Fim de Policarpo Quaresma – The Sad End of Policarpo Quaresma é Ernesto Neto e a tradução é de Mark Carlyon. Considerado o trabalho mais importante e maduro de Lima Barreto, a obra é uma discussão sobre a identidade do país, que se formava em 1911, tendo como pano de fundo os eventos dos primeiros anos da República. Principal romance do pré-modernismo brasileiro na opinião de alguns críticos, o livro tem como personagem principal o Major Policarpo Quaresma, figura nacionalista que faz duras críticas ao presidente Floriano Peixoto. Para o tradutor Mark Carlyon, este livro é a mais importante condenação ao autoritarismo e à ditadura em toda a literatura da America Latina. “Esta é a única obra de ficção que retrata a brutalidade do Florianismo”, observa.


Memórias de um sargento de milícias / Memoirs of a militia sergeant
Manuel Antônio de Almeida


Memórias de um Sargento de Milícias foi escrito por Manuel Antônio de Almeida entre 1852 e 1853, em forma de folhetins semanais, publicados no suplemento Pacotilha, do Correio Mercantil. Só mais tarde foram agrupados no livro, cujo título é um dos mais lidos e festejados da literatura brasileira. O autor, que nasceu no Rio, filho de imigrantes portugueses, viveu de 1831 a 1861. Era médico e funcionário público. Escreveu pouco, nada que tivesse merecido atenção do público ou da crítica, salvo esta que foi sua principal obra.

Concebida pelo Instituto Light, em parceria com o Instituto Cultural Cidade Viva, a coleção tem como características principais a de explorar a experiência carioca em épocas variadas através da literatura produzida na cidade, além da publicação de clássicos em versão bilíngüe – textos em português e inglês são apresentados lado a lado.

Ademais, todos os títulos são ilustrados por nomes que além de serem referência nas artes plásticas do Rio de Janeiro, são capazes de dialogar de maneira original com o texto. A série vai permitir ainda que o leitor conheça um pouco mais do Rio antigo, as transformações, os costumes da população narradas em obras de famosos escritores cariocas ou que tiveram uma importante vivência no Rio de Janeiro.


A Alma Encantadora das Ruas / The enchanting soul of the streets
João do Rio


Com a tradução literal e ousada do nome da cidade, a coleção tem como ideia principal permitir que o leitor vivencie a experiência de “ser carioca” em diferentes épocas, por meio do relançamento de obras literárias em edições em português e inglês. Seu diferencial em relação a outras publicações bilingues está no ineditismo de o português ser o idioma-base da tradução.

Essa coleção apresenta um retrato da vida e dos costumes da cidade do Rio de Janeiro, desde a instalação da corte até os dias de hoje.

 

Outros títulos da Editora contam histórias de nossa cidade, sempre trazendo uma perspectiva ecológica e sustentável em seus textos:


Guia de História Natural do Rio de Janeiro

O Guia de História Natural do Rio de Janeiro resulta de uma longa colaboração entre os organizadores e os autores dos capítulos apresentados. A origem se deu no Instituto Light, durante uma série de cursos técnicos para o setor elétrico realizados entre 2007 e 2008. Os cursos consistiram em uma introdução às disciplinas abordadas, tendo como referência a região metropolitana do Rio de Janeiro. Em sequência, deu-se inicio à preparação dos textos que constam deste guia, estruturados em cinco partes: Introdução, Ambiente Físico, Ecossistemas, Biota e Conservação dos Ecossistemas, em que são relevados aspectos da geologia, céu, clima, fauna, flora, rios, lagoas, lagos e meios possíveis de preservação desses sistemas. Organizado por Mozart Vitor Serra e Maria Teresa F Serra, o livro traz textos de André Luiz Ferrari, Guilherme Borges Fernandez, Jorge Luiz Fernandes de Oliveira, Carlos Roberto Rabaça, Claudio Belmonte de Athayde Bohrer, Valéria Gomes Veloso, Rafael da Rocha Fortes, Fabricio Escarlate Tavares, Fábio de França Moreira e Patrícia Moreira Mendonça e Silva. Os autores são profissionais atuantes nos campos urbano e ambiental, professores e pesquisadores vinculados a centros acadêmicos e de gestão ambiental como a universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e o Observatório Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Lagoa Rodrigo de Freitas: uma discussão centenária

Quando o assunto é a Lagoa Rodrigo de Freitas a falta de consenso é geral. Há sempre uma controvérsia sobre a solução mais viável para a melhoria da qualidade de suas águas e preservação desse patrimônio da cidade do Rio de Janeiro. O livro ‘Lagoa Rodrigo de Freitas: uma discussão centenária’, do engenheiro Victor Monteiro Barbosa Coelho, faz um registro fundamental dos estudos técnicos, projetos e obras que a Lagoa sofreu ao longo dos anos e lança luz sobre o notório valor histórico e humanístico desse cartão postal do Rio e do Brasil. Com 240 páginas e mais de 70 figuras, a obra está organizada em quatro partes: História e particularidades da Lagoa; Projetos e Estudos; Qualidade da Água e Monitoramento; e Iniciativas de Solução - Uma Discussão Centenária. Em 15 capítulos, o autor aborda aspectos como as características físicas da Lagoa, sua história, monitoramento da qualidade da água, aterros e dragagens, pesquisas relevantes, a questão da mortandade de peixes e propostas de renovação das águas.

(confira também o post de lançamento do livro)


E você, já conhecia os títulos da Cidade Viva? :) 

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