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maio 03, 2017

As Cordas Mágicas - Mitch Albom | Editora Arqueiro | Texto de Alex Crow



A CONTADORA DE HISTÓRIAS


Quando assisti ao filme “Forrest Gump” (1994), do diretor Robert Zemeckis, achei a história fantástica. Misturando elementos de ficção e realidade, criou-se um personagem único, que caminhou em meio a diversos ícones da história, guerras e até mesmo doenças que marcaram os anos 1980, como a AIDS. Forrest era um cara meio “tapado”, com sérios problemas de QI e raciocínio lento, mas de um coração enorme e inocência sem igual. 

No final do ano passado, ao completar meus quarenta anos, ganhei do meu sogro um livro chamado “The Magic Strings of Frankie Presto” (no Brasil intitulado As Cordas Mágicas, lançado pela editora Arqueiro), do escritor Mitch Albom. Eu não conhecia o autor do livro (que já tem em seu currículo mais cinco livros e cerca de 35 milhões de exemplares vendidos) e tampouco o próprio livro. Olhei a contracapa e pensei ser um livro desses de ficção, sem profundidade, pegando um gancho sobre a música para despertar um certo interesse do leitor.

Depois de finalizar outras leituras, peguei o romance e comecei a ler. Grande parte nas minhas idas e vindas do metrô, de Botafogo ao Centro, do Centro para Copacabana. Em casa. Em algum café. Tornei-me um viciado na história das cordas mágicas de Frankie Presto, que pegou da música tudo o que ela lhe pôde dar. Um menino que nasce em meio a uma guerra civil na Espanha e que aprende a dominar completamente seu instrumento – o violão. E, assim, como em Forrest Gump, sua vida é marcada por grandes nomes da música americana e espanhola, de Elvis Presley a Francisco Tárrega. E também marcada por um dom: o de alterar a vida das pessoas. 

Mas o ponto original da história é que o narrador (ou narradora) é a própria Música. Ela conta a história de Frankie, suas glórias e percalços, aflições e amores. O livro emociona (e muito) o leitor, principalmente aqueles que de alguma forma sejam ligados ao meio musical. Não que seja um livro voltado para músicos, longe disso. Mas todo o sentimento, toda a temática em que os personagens são envolvidos leva o leitor mais afeito ao tema a se integrar de corpo e alma com a trama. Não é um livro sofisticado. É simples, direto e que acerta em cheio o coração.

Assim como a música fez comigo. Acertou-me em cheio e me fez nunca querer largá-la. E largar o livro, igualmente, foi dificílimo. Quisera eu que os capítulos jamais terminassem.

Parafraseando o saudoso Tim Maia: leia o livro (Não o “Universo em Desencanto”, e sim “As Cordas Mágicas”). Sua vida irá mudar. A minha, pelo menos, mudou. Mais uma vida alterada por Frankie Presto.


(que virou um fã do personagem fictício Frankie Presto)

contato@alexcrow.com.br




“A verdade é que, na vida, todo mundo entra numa banda. Mas só alguns tocam música. Frankie, meu discípulo precioso, era mais do que um violonista, mais do que um cantor, mais do que um artista famoso que ficou sumido por boa parte de sua existência. Quando criança, sofreu enormemente e, por causa disso, foi-lhe concedida uma dádiva: um conjunto de cordas que lhe deu o poder de mudar vidas. Seis cordas. Seis vidas.”



“As cordas mágicas de Mitch Albom alcançam as notas certas. Seu amor pela música é visível. E suas reflexões levarão os leitores a uma deliciosa jornada pelos melhores encontros de suas vidas.” – USA Today 

Francisco Presto nasceu numa pequena cidade da Espanha em plena guerra civil. Com a infância marcada por tragédias, Frankie se torna pupilo de um professor de música cego, que se dedica a lhe ensinar tudo o que sabe.

Ao completar 9 anos, ele foge para os Estados Unidos carregando consigo apenas seus bens mais preciosos: um violão e seis cordas mágicas.

Com um talento fora do comum para tocar e cantar, Frankie rapidamente alcança o estrelato e influencia o cenário musical do século XX, apresentando-se ao lado de nomes consagrados como Elvis Presley e Little Richards.

No entanto, seu dom se transforma em um terrível fardo quando ele percebe que pode afetar o futuro das pessoas: uma corda de seu violão fica azul cada vez que uma vida é alterada.

No auge do sucesso, assombrado por seus erros e por seu estranho poder, Frankie sai de cena por anos, apenas para ressurgir para um espetacular e misterioso adeus.
    

2 comentários:

  1. Achei muito legal essa ideia da narradora ser a música, bem diferente e interessante. Gostei da resenha.

    Também gostaria de aproveitar a oportunidade e convidar você para conhecer o meu blog: http://vaiumspoilerai.blogspot.com.br/ PS. Não esqueça de seguir e comentar!

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  2. Nossa, desde a primeira vez que li a sinopse desse livro quero lê-lo. A música realmente tem um poder sobrenatural de nos alcançar em pontos de nós mesmos que às vezes nem conhecemos! Quem trabalha com isso, sabe perfeitamente como aproveitar essa dinâmica não é?
    Sucesso!!! ❤

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