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outubro 08, 2017

Tô Frito! - Luciana Fróes e Renata Monti | Editora Rocco - Bicicleta Amarela


"Errar é humano e universal, sabemos todos, mas tirar proveito dele é que são elas - haja prática, habilidade e, acima de tudo, conhecimento de causa. E de efeito."

Tô Frito! é uma coletânea de histórias contadas por vinte renomados chefs (dentre os quais, Claude Troisgros, Alex Atala e Roberta Sudbrack) e organizadas pelas jornalistas Luciana Fróes e Renata Monti. O livro é dividido em pequenos capítulos onde cada chef compartilha fato marcantes de suas carreiras, dando destaque a episódios regados a incidentes e improvisos, como por exemplo a criação de inúmeras receitas e pratos que surgiram "ao acaso" e que viraram atração principal em seus restaurantes.

Mas nem só de imprevistos (como um ingrediente trocado, um chantilly que passou do ponto ou uma torta que assou de forma errada) vivem os chefs! Seja na inauguração de um pequeno bistrô ou na cozinha industrial de um grande evento, acidentes acontecem, e nem os chefs mais renomados conseguem escapar de tudo isso! Uma das histórias que mais me impressionou foi a de Alex Atala que, em uma de suas viagens de trabalho em Singapura, quase teve o braço amputado após ter sido contaminado por uma bactéria presente em um dos ingredientes escolhidos para o cardápio do evento. Assim como a criatividade e a "alquimia" são essenciais a todo mestre da gastronomia, todo cuidado será sempre pouco, pois imprevistos realmente acontecem.

Apesar dos pesares presentes em suas carreiras, os chefs relembram de forma bem humorada não apenas de suas receitas que só deram certo porque "deram errado" em algum ponto durante o preparo (para o chef Thiago Castanho, 95% dos testes de cozinha dão errado. Mas o que fazer quando uma receita passa do ponto e queima? Em um "experimento" com bananas-da-terra, a intenção era a de obter um ponto desidratado, e não algo próximo ao "torrado"; ainda assim, pior que o erro é o desperdício, e é nessas horas que uma nova e inusitada receita certamente será criada - e foi bem isso que aconteceu na cozinha de Thiago Castanho), e este "cardápio do acaso" certamente já conquistou os cardápios dos melhores restaurantes brasileiros.

Para os leitores que amam o mundo da gastronomia e que gostam até de arriscar algumas receitinhas, Tô Frito! é um livro que vale conhecer, por ser muito bem humorado e inspirador, tanto por sua "missão" de nos alertar que "errar o ponto" é realmente algo comum na vida de todo culinarista, e  que chegar a uma ótima receita pode também não ser tão impossível assim. 


Tô Frito! - Luciana Fróes e Renata Monti

Todo cozinheiro tem uma boa história para contar. Afinal, a culinária é feita de imprevistos, escorregadas, receitas que desandam e que ganham vida própria. Frutos do acaso ou do descaso, quando vistos com outros olhos se transformam em acertos adoráveis. Do leite esquecido ao relento que virou queijo à luta de Dom Pérignon para controlar as borbulhas que fermentavam na garrafa e acabavam estourando. E o que dizer do confeiteiro de Luís XIV que, ao bater muito além da conta o creme de nata com açúcar, deu origem ao chantilly? Na gastronomia brasileira, não é diferente e, vira e mexe, um erro – ou mais de um – vira um acerto. Antes, porém, o desespero que antecede o sucesso vem na forma de um “Tô frito!”, como Claude Troigros costuma exclamar quando passa por situações como essa, com direitos a infinitos erres de seu sotaque francês.

Tô frito! – Uma coletânea dos mais saborosos desastres na cozinha, lançamento do selo Bicicleta Amarela, reúne histórias tão deliciosas quanto os imprevistos na cozinha. O livro é um apanhado de erros que acontecem nesse fascinante mundo da alquimia de odores e sabores, alguns bem-sucedidos, outros nem tanto, que foram parar nos cardápios dos melhores restaurantes brasileiros. Uma coletânea de histórias contadas em primeira pessoa por 20 chefs de destaque, em depoimentos às jornalistas Luciana Fróes e Renata Monti Barreto, que, sem qualquer pudor e com bastante humor – ressaltado nas ilustrações de Paulo Villela –, dividem as saias-justas que encaram todos os dias.


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