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outubro 09, 2017

Lançamentos de Setembro/Outubro - Global Editora


Setembro, outubro, primavera, Marina, Cora e Cecília. Melhor impossível, não é mesmo? <3 Toda vez que chega news da Global Editora aqui no email é bem assim: cheinha de livro bom; repleta de belíssimos lançamentos :)) Conheçam as novidades:


Cecília Meireles 

"Quem somos nós, nesta vertigem inútil? Pode-se chamar vida, a isto? 

A vida não é alguma coisa de sentido mais profundo, alguma coisa mais lenta, mais feita de coisas interiores, que se recolhem aturdidas com este ritmo alucinado que nos leva?

Talvez seja, realmente, o campo, o único ambiente onde ainda se possa realizar a bela vida, pura, simples, serena, que o mundo morbidamente perturbou." 

Além de poeta de primeira grandeza, Cecília Meireles foi professora. Formada pela Escola Normal (Instituto de Educação) do Rio de Janeiro, começou a exercer, em 1917, o magistério primário em escolas oficiais do então Distrito. Preocupada com o estado da educação no Brasil, sempre militou na área, participando ativamente dos debates acerca das reformas de ensino projetadas na década de 1930. Naqueles instantes decisivos da história brasileira, Cecília passou a colaborar para a seção que o Diário de notícias reservava diariamente para assuntos relacionados a educação. Nestes exercícios de reflexão, que seriam retomados nas páginas do jornal A Manhã no início dos anos 1940, Cecília expôs seus posicionamentos acerca de uma infinidade de temas relacionados à educação no Brasil. Esses escritos de Cecília Meireles foram reunidos em 2001 pelo crítico literário Leodegário A. de Azevedo Filho em cinco volumes, intitulados Crônicas de educação, que a Global Editora oportunamente reedita, reunindo-os num boxe.

É instigante perceber como a poetisa disserta com clareza e profundidade nestes textos sobre temas como política educacional, currículo escolar, métodos pedagógicos, espaço escolar, a formação dos professores e suas atribuições em sala de aula, os desafios do ensino público, o movimento da Escola Nova, as particularidades da infância e da adolescência, o papel da família nos processos de aprendizagem, literatura infantil, entre outros. Cumpre destacar o caráter de escritos de intervenção que estes textos possuem, ao pautarem e proporem soluções para impasses candentes na época e que ainda nos são consideravelmente familiares, demandando a atenção de todos que se interessam pelos desafios do ofício de ensinar.

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Jardins
Roseana Murray 
Ilustrações: Roger Mello

Flores passeiam
no azul do dia,
fabricam coloridos
silêncios,
como se fosse lenços
de seda e ar.

O livro Jardins traz quinze pequenos poemas que representam os mais diversos jardins. Com muita delicadeza, Roseana Murray mexe com o imaginário do leitor. Cada poema-pintura faz os pequenos descobrirem a poesia que vive ao seu redor, nas pequenas coisas, como nas flores, por exemplo.

"Gostei do seu Jardins. De suas guirlandas de palavras. Gostei de ler seu verbo a prender os perfumes, as cores, as formas e o sol sobre as flores. Há por certo uma poeta sensível às coisas da natureza neste Jardins", declara Manoel de Barros, grande poeta brasileiro. A organização dos poemas com as ilustrações do talentoso e premiado Roger Mello imprime qualidade que sensibiliza adultos e crianças. É um verdadeiro presente em formato de livro.

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Quando a primavera chegar
Marina Colasanti 

Com ilustrações da própria autora e projeto gráfico de Claudia Furnari, a obra traz dezessete contos inéditos. Um crisântemo floresce na palma da mão, um menino nasce com um olho no meio da testa, um relojoeiro fabrica um robô, um rei precisa de povo. Tudo é surpreendente e tudo é verdadeiro no livre espaço do imaginário em que os contos deste livro acontecem. Mas não há estranhamento. Levado pela linguagem singular da autora, o leitor participa desse espaço, rumo a um encontro com suas próprias emoções.

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Bartolomeu Campos de Queirós 

Mais um livro profundamente afetivo e lírico do escritor Bartolomeu Campos de Queirós. A narrativa flui em um ritmo leve e poético e aborda a temática do amor. O narrador da história nos conta como um pequeno elefante invade o seu sonho sem pedir licença e, desta relação, no plano onírico, nasce um diálogo entre os dois. Ele entrou no meu sonho, sem licença. Chegou pequenininho como se fosse filho da insignificância. Seu andar perdido, pisando dúvidas, parecia transportar o passado em suas costas. Por meio da conversa do narrador com seu inconsciente, emergem do texto sonhos, planos, perigos, mistérios e medos. Descobri que o amor tem suas invenções. Em sua pele rugosa meus olhos viam veludo e onda. Em seus passos lerdos, eu via o andar leve de gato.



Nau Catarineta
Roger Mello 

Nau Catarineta é o mais célebre poema anônimo marítimo ligado à tradição oral lusófona. A obra narra as desventuras dos tripulantes durante a travessia marítima, tema que era realidade portuguesa desde o começo das navegações. Esta edição, ilustrada e organizada por Roger Mello, traz fascinantes ilustrações que conseguem captar toda a maravilha dos contos populares portugueses, trazendo o leitor para dentro desse universo.

“O pavor do naufrágio, da calmaria, da fome no mar; a solidão, a saudade e as tentações no meio do deserto marinho, tudo isso vivia nas mentes e corações do povo heroico que criou a Nau Catarineta”, salienta Alexei Bueno, poeta e crítico brasileiro.

O livro é uma das obras ilustradas mais premiadas do Brasil. Recebeu a menção Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e foi também Hors Concours nas categorias Reconto e Ilustração. Em 2005, ganhou ainda o Prêmio Jabuti na categoria Ilustração Infantil ou Juvenil.

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Melhores Poemas Cora Coralina (Pocket)
Cora Coralina

Chorei sozinha minhas mágoas de criança.
Depois, me acostumei com aquilo.
No fim, até brincava com o caco pendurado.
E foi assim que guardei
no armarinho da memória, bem guardado,
e posso contar aos meus leitores,
direitinho,
a estória, tão singela,
do prato azul-pombinho.

Este Melhores Poemas Cora Coralina traz a seleção especial dos mais célebres poemas da poeta. Organizado por Darcy França Denófrio, mestre em Teoria Literária, a obra apresenta-se em formato pocket. Simples, muito próxima do gosto do povo, fluindo com naturalidade, a poesia de Cora Coralina encontrou uma imensa receptividade popular. O segredo talvez esteja no fato de que os seus versos dizem o que as pessoas sentem, mas não conseguem expressar, e na grande simpatia pelo semelhante, sobretudo os humilhados e perseguidos. “Não depende dela e nem de nós: Cora dos Goiases esplende agora, não mais na solidão de seu ‘aquém-Paranaíba’. Isto já não lhe basta. Ela resplancede no universo dilatado da poesia brasileira, e já força passagem. Não se pode mais dizer: este é o seu lugar.” Darcy França Denófrio

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